Gn 3.15; Jo 19:30 No momento em que Deus olhou para a criação, após a sua conclusão disse: “e eis que era muito bom”(Gn 1.31). Esta expressão descreve aquilo que os teólogos chamam de (SHALON), ou perfeita harmonia, a perfeição de tudo aquilo que Deus criou apenas com a palavra do seu poder. Mas veio a desobediência de Adão e Eva e com ela a queda da humanidade. Isto significa que aquela comunhão existente entre Deus e o homem, agora está interrompida, as bênçãos cessaram, porque a aliança foi quebrada, porque os nossos pais deram ouvidos a Satanás e ignoraram as recomendações do Senhor. Todavia, o Diabo não sairia vitorioso naquele embate, pois, logo Deus apresentaria a solução para resgatar o homem agora em pecado, do seu estado de perdição. Então vem à promessa do messias conforme veremos.
A promessa – Por um breve instante Satanás se dá como vitorioso, ao seduzir Adão e Eva. Os nossos pais quebraram a aliança ao deixarem que a dúvida brotasse no coração (Gn 3.1). Não obstante, logo o Criador apresentaria a solução (Gn 3.15). O profeta Isaias apresentará Cristo como o príncipe da paz: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). Isto equivale a dizer que se pelo pecado se estabeleceu o caos na obra criada por Deus, Cristo viria para restabelecer a ordem. Pense em uma banda de música desafinada e que passa pelas mãos de um músico profissional, é isso que o apóstolo Paulo vai enfatizar: “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor” (Rm5:21).
O cumprimento parcial – A palavra vai dizer que: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos ” (Gl 4:4-5). O messias tão esperado veio e agora lá na cruz do calvário ele vai exclamar: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”(Jo 19:30). Se Cristo apenas morresse na cruz a situação da humanidade não estaria resolvida. Aliás, ele seria apenas mais um a morrer naquelas condições. Os opositores religiosos entenderam que era um problema a menos para eles, até colocaram guardas para se certificarem de que o serviço tinha sido bem feito, e de que uma pedra estava posta sobre aquele assunto, pois corria um boato de que Cristo ressuscitaria. O diabo nem queria que Cristo fosse para a cruz, mas já que foi, o mais importante é que ele agora está morto. No entanto, o fato de Cristo ter descido ao hades, apenas fazia parte do propósito de Deus.
A confirmação- Para surpresa até dos discípulos, Cristo ressuscitou: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.” (Mt 28.6). A justiça de Deus precisava ser satisfeita e nós éramos incapazes de pagar pelo preço da desobediência, razão pela qual Cristo foi para a cruz por mim e por você. Mas é importante ressaltar que não bastava Cristo ter morrido, pois o cumprimento da promessa veio quando Cristo ressurgiu dentre os mortos, provando a sua superioridade: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo” (I Co 15.55-57). O fato de Cristo ter vindo, morrido em uma cruz e ressurgido ao terceiro dia, declarou com maestria a derrocada de satanás.
Devido à queda do homem, Deus, pelo seu imenso amor, enviou seu filho unigênito para perdão dos nossos pecados. Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro! Este natal que celebro aqui não é o natal de troca de presentes e mesa farta, pelo contrário, celebro o amor de Deus que chegou a ponto de enviar seu filho para sofrer na cruz por mim e por você. Portanto, esta é uma ocasião em que você deve refletir sobre a razão pela qual Cristo veio. Ou seja, levar você a uma vida de obediência a Deus.
Pastor Givaldo Santana