Encontro de Jovens Presidente Prudente

Dias 7 e 8 de Setembro em Presidente Prudente

Encontro de Jovens em Palmares Paulista

Realizado nos dias 7, 8 e 9 o encontro reuniu várias pessoas do Presbitério Oeste Paulista

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Programação Especial em Palmares Paulista

Trabalho organizado pelos juvenis da IPC de Palmares, confira mais informações!

Salmo 19.1

"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos."

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O valor do reino II



Mt 4.23O contexto social político e religioso nos dias de Jesus não era muito diferente do nosso, visto que havia muito paganismo e pouco interesse pelas questões religiosas.  Jesus precisou organizar um método de trabalho para alcançar o seu propósito. 
Mateus enfatiza que Cristo percorreu toda região à sua volta anunciando as boas novas, tendo como base três atividades principais:

Ensinando                                       
Pregando  
Curando

I- “Ensino”  (didática,  instruir) – É equivalente a comunicar uma informação mais detalhadamente. Os mestres visitantes podiam falar nas sinagogas, contudo, vale destacar que até então, Jesus era um mestre desconhecido, pois estava apenas iniciando o seu ministério público, mas ainda assim, consegue fazer exposições, provavelmente por trazer uma proposta nova e que certamente atraía a atenção dos ouvintes, embora tenha despertado a ira da liderança de então, a exemplo de escribas, fariseus e saduceus. Quando o assunto diz respeito ao ensinamento de Jesus, é bom destacar que ele não procurou apenas transmitir conhecimento, mas pelo seu ensino buscou inflamar o coração dos seus ouvintes. A intenção deste ensinamento não era levar os seus ouvintes a criarem gordura, temos que fazer missão (At 1.8) como veremos no ponto a seguir.

II – “Pregando” – Esta atividade tomou o maior tempo de Jesus – “proclamar entres outros” - O tema principal – as boas novas do reino. Ele não perdia oportunidade para dar esta ênfase. Jesus estreitava a relação com os seus ouvintes para suprir as suas necessidades, ele agia intencionalmente. Não o vemos fazendo distinção entre aqueles que eram socialmente aceitos e os que viviam às margens da sociedade. Não havia tratamento diferenciado, pois a todos o evangelho era ofertado igualmente. Se o ensino visava fortalecer e fundamentar o corpo, a proclamação por sua vez, tinha como propósito a expansão do reino, e para alcançar tal intento, ele entra na casa de pecadores e estabelece diálogo com prostituta, corrupto, bem como pessoas muito religiosas. Não existe outra maneira de espancar as trevas, o evangelho é a única ferramenta capaz de operar eficazmente no coração do pecador e Jesus sabia muito bem disso. No Antigo Testamento se dizia: Venham ao templo contemplar  a sua beleza, mas agora é dito ide -  vamos, vamos – precisamos construir relacionamentos no intuito de levar os que nos cercam a desfrutar do reino e, isso só é possível, por meio da pregação. 

III- “Curando” – “servindo, ministrando” - Pregação e cura se entrelaçam no ministério de Jesus.  Jesus não centrou o seu ministério em si, mas empregou esforços para compartilhar das bênçãos espirituais com os seus ouvintes. Para Hendriksen os milagres operados por Jesus tinham um significado tríplice: a) Confirmavam sua mensagem (Jo 14.11); b) Revelavam que de fato era o messias das profecias (Is 35.5); c) Comprovavam que o reino já havia chegado porque o conceito de reino indica bênção para o corpo e para a alma, conforme podemos observar nas palavras de João: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma.” 3 Jo 1:2.  É fato que Deus continua manifestando o seu poder na vida dos pecadores como sempre fez, porém, vale destacar que as ações realizadas por Deus visam sempre um propósito maior, ou seja, nenhuma cura tem um fim em si mesma. 
Jesus respirou missões e a igreja é inflamada para proceder da mesma maneira. Aproveite as oportunidades e, se elas não aparecerem, crie.  A igreja é o corpo vivo da missão. O método é simples, porém eficaz. Saiam dos seus espaços de conforto em busca dos pecadores, isso é missão.  

Pr. Givaldo Santana

O valor do reino



Mt 3.2 Quando você ouve falar em reino, naturalmente pensa em um rei e seus súditos. Dentre os evangelistas, Mateus é o único que trata sobre esta perspectiva mais amplamente, entretanto, a abordagem do assunto não fica restrita a ele. Vale destacar que não se trata aqui de uma monarquia terrena, mas sim, dentro de uma perspectiva puramente espiritual. 

Por se tratar de um reino com a perspectiva tão somente espiritual, destacamos aqui o seu prenúncio: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus” Is 40.3. Isaias faz referência a um arauto e Mateus apresenta João Batista como sendo o próprio. O que foi profetizado há 700 anos A.C., está se cumprindo e agora o precursor passa a preparar o caminho para a chegada do rei e, ao mesmo tempo, procura deixar claro quem de fato está apto para fazer parte deste reino. 

Ao contrário do que vinha sendo pregado até então, onde havia um templo santo e uma cidade santa, João Batista proporá uma nova forma de adoração, ou seja, o adorador terá como condicionante para que a sua adoração seja aceita, o estado em que se encontra o seu coração, conforme destacaremos a seguir, embora esta condicionante sempre tenha prevalecido, no entanto, nos referimos à questão de um lugar como determinante. 

I- “Arrependei-vos” - A palavra arrepender (metanoia) significa mudança radical de atitude(vs 2). Vivemos em uma época em que se fala muito em tolerância, onde não é permitido que você imponha ao outro os seus conceitos de ética e moral. Portanto, a sua verdade pode não ter valor algum para o outro, sendo assim, o conceito de certo e errado dependerá muito da perspectiva de cada indivíduo.  Entretanto, quando o Senhor da igreja faz menção a quem de fato tem parte com ele, os discípulos assustam: “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (Jo 6:60).   O arrependimento, portanto, consiste em viver sob a dependência de Deus, implica ter coragem para romper com o “mundo” (refiro-me à esfera espiritual), aliás, quanto a isso João diz: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2:15).  Somos chamados para fazermos parte do reino, mas quem estabelece as condicionalidades é o próprio Deus e não os hábitos culturais ou as últimas tendências de cada época.  

II-  “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas” (vs. 3). João Batista fala a respeito de entrega. Talvez esta seja a maior dificuldade em nossos dias, visto que o homem tem todas as repostas, que vai desde os fatores climáticos até a classificação dos tipos de tristeza com a definição das suas causas e tratamentos, existe especialista para tudo, sendo assim, não existe situação para a qual o homem não tenha resposta, certo? Errado! Não estou aqui fazendo oposição à ciência, aliás, ela é útil e necessária, porém em matéria de espiritualidade e fé é completamente leiga, quanto a esta questão o apóstolo Paulo diz: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2:14).  Para fazer parte do reino o seu coração precisa ser lapidado, e suas emoções trabalhadas pelo Espírito. Você pode até vir como está, porém terá de ser refeito os teus conceitos e valores a respeito do reino, precisam ser revistos. 
Ainda dentro desta perspectiva, vemos que existe uma tentativa de conciliar trevas e luz, isto é, ignorar as Escrituras e ainda assim pensar que está fazendo a coisa certa. É a cegueira espiritual da qual Cristo e os apóstolos tanto falam, não tem como conciliar. 
Com base nas Escrituras você pode dizer que faz parte do reino estabelecido por Cristo? A mudança radical já aconteceu em sua vida ou você vive tentando remendar roupa velha com pano novo? Você pode dizer que vive sob a dependência de Deus? Quanto às regras para fazer parte do reino já estão estabelecias, compete a você aplicá-las ao coração e poderá ser chamado cidadão do reino. 

Pastor Givaldo Santana 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Aniversário Igreja Presbiteriana Conservadora









Cristo, a base da nossa esperança


1 Tm 1.1 Vivemos em dias em que as pessoas não alimentam muitas esperanças, aliás, há quem defenda que o sistema está falido. Existe descrédito em relação aos nossos governantes, a justiça e também em relação à igreja de modo geral. Como sonhar com dias melhores diante de tal situação? A esperança é o sentimento que nos leva a sonhar com dias melhores, é o cobustustível que mantém acesa a nossa expectativa.
A introdução da epístola está relacionada com o costume de Paulo que procurava deixar claro a autenticidade do seu apostolado e neste propósito, ele acaba proporcionando aqui um elemento fundamental para o ser humano que é a esperança. Sendo assim, ele evocará três títulos intrínsecos nos quais estão fundamentados esta esperança.
(1) Senhor: Dentre as muitas ideias que poderíamos extrair, é possível apontar aqui dois pontos fundamentais; a) Ele detém o controle da nossa vida. Partirei do pressuposto de que está claro para os amados leitores de que Cristo é a segunda pessoa da trindade e, portanto Deus em essência e poder. Desta maneira ele detém o controle da nossa vida. Um aspecto de relevância é que o fato de o reconhecermos como o Senhor da nossa vida não nos diminui conforme acusam os céticos, pelo contrário, isso nos faz descansar o coração na certeza de que o criador e Senhor de todas as coisas preocupa-se conosco e com os anseios do nosso coração. b) Ele nos compensa pelo esforço empregado. Não se trata aqui de barganha, e muito menos de passar a ideia de que o homem pode comprar a sua salvação, mesmo porque, está claro nos textos paulinos que ninguém é capaz de compensar o valor do sangue vertido na cruz do calvário. Porém, a Bíblia aponta vários textos prometendo bênçãos sobre aqueles que não medem esforços para trabalhar no reino; a isto o texto sagrado denomina de galardão, ou recompensa pelo esforço empregado.

(2) Jesus: este nome é uma transliteração do nome Josué, que significa “ele certamente salvará”. Nele encontramos a esperança de que, por meio dele encontramos a salvação pra nossa alma cansada. Quanto a isto, o próprio Jesus desafia: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Mt 11.28. Não me refiro meramente ao estresse do dia-a-dia, mas daquela situação em que as dificuldades do cotidiano te empurram para uma angustia tal, que você é levado (a) a pensar que Deus te abandonou e, que por esta razão, não existe solução para a sua vida. Um ponto a ser destacado aqui é que, ao contrário daquilo que a igreja pragmática dos nossos dias tem ensinado de que as bênçãos são momentâneas e restritas a esta vida, as Escrituras nos apresentam algo para o presente e porvir: “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” Jo 4.14. Portanto, este nome assegura aos que crêem, provisões para o presente e vida eterna para o futuro.
 (3) Cristo: (Ungido), este termo descreve que Cristo foi ordenado e qualificado pelo Pai para levar a bom termo a tarefa de salvar o pecador. Ele é o redentor, sendo conduzidos por ele não existe possibilidade de perecermos. É em cristo que concentra a esperança da vida eterna por ser ele o único mediador.  Champlin afirma que por meio de Cristo esta esperança tem uma conotação subjetiva e objetiva. Subjetiva por estar relacionada com a expectação de bênçãos espirituais e objetiva, pela própria realidade esperada. De acordo com Ellicott, Cristo é a própria subsistência e o alicerce da esperança. Portanto, Cristo é a nossa esperança por pelo menos duas razões: Primeiro, por causa do seu ofício, por ser o único mediador e segundo, por causa do seu ofício expiatório.
O Senhor quer ministrar esperança em teu coração. Abandone o orgulho, o medo, as incertezas e deposite nele toda a sua angústia e ansiedade, na certeza de que ele pode preencher o teu vazio e mudar a tua sorte. Os homens podem te decepcionar, porém, Deus não! Ele faz concretizar as suas ricas e benditas promessas.  
Pastor Givaldo Santana

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Assumindo uma postura diferente IV



Jr 10.23-25 Todos certamente já ouviram sobre a história trágica do Titanic que naufragou matando centenas de pessoas, porém, o que marcou este episódio foi a frase que alguém supostamente teria pronunciado por julgar a obra como perfeita: “Este nem Deus afunda!” Na década de 80 foi eleito Tancredo Neves, onde teria sido dito que nem Deus o impediria de assumir a presidência do Brasil, mas o fato foi que ele foi sepultado antes de tomar posse. O profeta Jeremias afirma que existem coisas adversas que fogem da previsão humana conforme veremos.
A partir do verso vinte e três o profeta fará uma oração, onde apontará não só a sua necessidade, mas também a da Casa de Israel. Nesta súplica aparecerão alguns elementos como: misericórdia, amor, soberania e juízo. 
I – Reconhecendo da nossa fragilidade v, 23
1.1 - “Eu sei, ó SENHOR, que não é do homem o seu caminho”. Muito embora seja importante que se faça planos para todas as etapas de nossa vida, é preciso ter consciência de que o amanhã é campo desconhecido. Dentro desta perspectiva podemos afirmar que nenhum ser humano pode ter como pilar ele mesmo, como se fosse uma unidade auto contida. Quem pode viver simplesmente de sua própria erudição? 1.2 – “nem do homem que caminha o dirigir os seus passos.” Equivocam-se todos aqueles que acham que a sabedoria reside neles mesmo, aliás, a estultícia já consiste em fomentar tal pensamento, pois a sabedoria reside em confiar a Yahweh os projetos e sonhos na certeza de que apenas ele pode avaliar antecipadamente o resultado das ações presentes. Observe a súplica do salmista: “Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem.” Sl 17.5. Levando em consideração que apenas o Senhor detém o controle de todas as coisas, apenas aqueles que nele confiam podem ter a certeza que o amanhã será abençoado por serem dirigidos pelo Senhor do universo. 

II – A suplica por correção v, 24
2.1 – “Castiga-me, ó SENHOR” – A correção do Senhor tem sempre um caráter pedagógico. Com isso se quer dizer que em momento algum o mesmo disciplinará um servo seu pelo simples prazer de vê-lo sofrer pelas conseqüências dos seus atos, pelo contrário, haverá sempre o propósito de levar o pecador a compreender que não vale a pena viver em rebelião contra o seu criador. Ao contrário daquela ideia que se tinha na antiguidade de um deus vingativo e que tinha satisfação em ver o homem penando, vemos Jeremias evocando atributos comunicáveis como amor e misericórdia presentes em Deus.  
2.2 – “não na tua ira, para que não me reduzas a nada.” Ao ver Jeremias proferindo estas Palavras nos vemos na obrigatoriedade de desmistificar uma ideia dos nossos dias que procura descrever a figura de Deus como sendo unicamente amor. Ao longo das Escrituras vemos os escritores sacros fazendo menção à ira de Deus contra o pecado e consequentemente também aos pecadores ou desobedientes. Lá no novo testamento, por exemplo, vemos: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” Hb 10:31.  Observe ainda: “Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.” (Jd 1.15).  Portanto, fez muito bem o profeta ao clamar para que Deus não manifestasse a sua ira, mas sim evidenciasse misericórdia para com a sua vida e Judá. 

III- O clamor por justiça v, 25
3.1 - “Derrama a tua indignação sobre os gentios que não te conhecem”. O livro dos salmos é dividido por categorias, sendo uma delas os chamados salmos imprecatórios. As palavras proferidas pelos salmistas ficam bem próximas do que chamaríamos de desejo de vingança, entretanto, não é exatamente este o propósito. O salmo 59 é um deles: “Consome-os na tua indignação, consome-os, para que não existam, e para que saibam que Deus reina em Jacó até aos fins da terra. (Selá.)” (Sl 59.13).  O intuito na verdade é para que a justiça de Deus seja vindicada. Em relação ao texto em questão Jeremias lança um imprecatório contra a Babilônia para que sofra o juízo pelo sofrimento causado a Jacó que aparece aqui simbolizando o povo de Deus. “porque devoraram a Jacó, e devoraram-no e consumiram-no, e assolaram a sua morada”. v,25 
3.2 - “sobre as gerações que não invocam o teu nome”. Ainda no salmo 59 vemos: “Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios, fiquem presos na sua soberba, e pelas maldições e pelas mentiras que falam.” Verso 12.  Como Deus manifestaria misericórdia sobre pessoas que nem sequer lembram do seu nome? Como manifestaria benevolência para com aqueles que seguem os deuses criados para satisfazer seus próprios desejos e ambições? Pensando por esta perspectiva entenderemos a argumentação de Jeremias, pois apenas aqueles que conhecem o nome do Senhor podem desfrutar dos seus cuidados. 
Dentre as lições que podemos tirar do capítulo dez de Jeremias é que o Senhor não abre mão da sua glória, aliás, vemos ao longo de toda Bíblia a ênfase de que há um só Deus e um só Senhor, e que a nossa vida deve visar o louvor da sua glória. Vimos que toda tentativa para reproduzir a divindade não passa de divagação. Vimos também que o Senhor chama o seu povo para um concerto, onde como resultado do arrependimento pelos pecados, o Senhor mandaria cura como conseqüência de sua misericórdia, entretanto, Jeremias evoca a justiça de Deus contra aqueles que causam sofrimento aos santos e, no entanto, pensam que ficarão impunes. Você conhece o nome do Senhor? Reconhece que ele é o único e verdadeiro Deus, ou venera algum outro deus por achar que adorar o soberano criador é insuficiente? A Deus toda glória!

Pr. Givaldo Santana

Assumindo uma postura diferente III



Jr 10.14-21 A teologia declara que existe um ser superior e que este Ser é Deus. Não obstante, o texto sagrado nos aponta diferentes épocas e contextos onde a humanidade toma atitudes como se o homem detivesse o controle de todas as coisas, inclusive da sua própria vida.  Toda esta problemática se deve à dureza de coração do homem, aliás, por esta razão, o SENHOR dirá por meio do profeta Ezequiel: “E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19).

O texto em questão apontará a decadência da casa de Israel porque a sua liderança deu o mau exemplo conforme veremos ao examinarmos o texto: 

I – A Cegueira – “Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento” v, 14. Antes mesmo de discorrermos sobre este aspecto é preciso lembrar que os versos 3 a 5 destacam a habilidade do artífice, sendo que Jeremias enfatizará o modo hábil como o mesmo manuseia a madeira o metal e o tecido. No final das contas o resultado é uma verdadeira obra de arte. Todavia, tudo caí por terra quando fica evidente que o propósito é reproduzir a divindade, e sendo esta a motivação, a bela obra de arte ganha a conotação de uma massa fria e inexpressiva, visto que, até o homem e o menor dos animais é capaz de respirar, coisa que não acontece com a obra do artífice.     

II- A consequência– “A minha tenda está destruída, e todas as minhas cordas se romperam” v, 20. O lar é o seu porto seguro! Ao sair para trabalhar você não vê a hora de voltar para casa, ao viajar, por mais maravilhosa que seja o passeio em determinado moment, você ficará ansioso (a) para voltar ao seu lar. Você consegue imaginar o que é perder o teto da noite para o dia? Pois bem, Jeremias descreve aqui a ideia de nômades cujas tendas estão vulneráveis a ataques, sendo que os poucos que sobrevivem são levados como escravos. A mão do Senhor seria pesada sobre a casa de Israel como consequência da dureza de coração deste povo. 

2.1- “ninguém há mais que estenda a minha tenda” v,20 - A desolação prevaleceria, todos seriam de modo abrupto arrancados de seus lugares e não teriam mais liberdade para entoar louvores ao Senhor em ajuntamento solene, pelo  contrário, na condição de cativos seriam perseguidos e a angústia faria parte do cotidiano destas pessoas. 
I
II – A estupidez – “Porque os pastores se embruteceram, e não buscaram ao SENHOR; por isso não prosperaram, e todos os seus rebanhos se espalharam.” V, 21. Vale destacar que estamos falando de um povo teocrático e, portanto, o termo “pastores” descreve não só líderes espirituais como governantes. Esperava-se que estes líderes agissem com sabedoria ao ponto de conduzir a casa de Israel de acordo com os estatutos do Senhor, todavia, a característica desta liderança é a estupidez. Esta última palavra terá o mesmo significado daquela mencionada pelo apóstolo Paulo em Gálatas: “insensatos” (idiotas), quando acusa a igreja de ter se afastado dos caminhos do Senhor. O fato é que o profeta Jeremias acusa a liderança de ter dado o mau exemplo a ponto de todo o povo ter caído na idolatria. De onde se esperava a sabedoria e os bons conselhos, veio a estupidez e o descaminho. 

Você reconhece que há um só Deus e um só Senhor? Pois bem, a casa de Israel resolveu venerar as belas obras de artes feitas pelos artífices e os resultados foram mortes e cativeiro. O texto sagrado é claro ao afirmar que Deus não abre mão de sua glória, e que por esta razão, todo louvor e glória são devidos tão somente a ele. 
Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Assumindo uma postura diferente II



Jr 10.6-11 Um forte indicador de que você incorporou a cultura pagã é quando para você tudo passa a ser natural.  Por exemplo, em pleno domingo à tarde você liga a TV e toda a família se assenta para assistir na busca de entretenimento, após cinco minutos de programação, todos são bombardeados por gestos obsenos, bate papos capciosos e de duplo sentido, além de danças para lá de sensuais. O que você faz? Muda de canal ou diz: A televisão perdeu o pudor, onde já se viu? Mas, continua assistindo como se tudo fosse absolutamente natural.   
Desafiando a casa de Israel a apresentar uma postura diferente, Jeremias continuará a sua argumentação.

I- O SENHOR é incomparável v, 6 “Ninguém há semelhante a ti ó SENHOR”. É feito aqui um contraste entre o Senhor e os ídolos, Jeremias diz que sob os seus cuidados está o destino de todo homem: “Clamai, pois, o dia do SENHOR está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação” (Is 13.6).

1.1- Em grandeza “tu és grande” em essência e no agir. “Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.” Sl 126.3. O texto descreve a grandeza de Deus manifesta em forma de graça e misericórdia em favor de todos aqueles que nele depositam a esperança.   Se por um lado a condição dos ídolos é apontada como nula pela própria condição deles, em contra partida, vemos o Senhor se manifestando: “Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” Is 46:10. Em que lugar vemos baal ou moloque esboçando alguma ação? Pois é justamente para esta questão que o profeta Jeremias chamará a atenção da casa de Israel. 

1.2- Em poder “e grande o teu nome em poder”. As Escrituras nos apresentam este poder manifesto de duas maneiras, isto é, poder absoluto e poder ordenado. O primeiro consiste no fato de que ele pode todas as coisas sem restrições, já o segundo equivale a dizer que ele não fará absolutamente nada que contradiga a sua essência e que, portanto, esteja fora dos seus decretos. Quanto aos dois aspectos aqui mencionados Jesus disse: “Ou pensas tu que eu no poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? (poder absoluto) Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? (poder ordenado)” Mt 26:53. De modo que o ser e realizar de Deus não são aspectos excludentes, mas sim, que um completa o outro. Portanto, Jeremias destaca aqui O DEUS que na sua essência é poder e ao mesmo tempo enfatiza também o seu propósito de abençoar os pecadores.

II – A sua essência é diferente v, 10. Quando Jeremias descreve o deus dos gentios ele diz: “ensino de vaidade é o madeiro” v, 8, contudo, ao mencionar SENHOR da aliança ele aponta características inconfundíveis conforme destacaremos a seguir. 

2.1 – Ele é a verdade  v, 10 “Mas o Senhor é verdadeiramente Deus”. Jeremias o  contrasta expressamente com o deus dos gentios. O propósito de apontar a verdade como um atributo do Deus criador tem aqui um objetivo muito claro, que é o de levar a casa de Israel a crer nas promessas a ela feitas, sim, Jeremias quer deixar claro que não foi levantado pra pregar como resultado de uma boa ideia que alguém teve em determinando momento, mas sim, que foi levantado pelo único e verdadeiro Deus para anunciar a sua reprovação à postura tomada por aqueles que deveriam fazer a diferença, ao evidenciar um compromisso com a verdade.  

2.2 – Ele é vivo – Este é sem sombra de dúvida o ponto alto do discurso de Jeremias. Todo o esforço empregado pelo referido profeta consiste em fazer os seus ouvintes entender que apenas (אֱלֹהִ֔ים) Elohim  (Deus) é capaz de interagir, o que não ocorre com os deuses dos gentios. Portanto, por se tratar do Deus vivo, a casa de Israel é desafiada a depositar nele fé e esperança. O profeta desafia o povo a buscar na certeza da resposta, não se trata então de um monólogo, mas de ações, onde pecadores clamam e, Deus na sua graça inclina os seus santos ouvidos, a fim de manifestar misericórdia.  

2.3 – Ele é eterno – Um aspecto a ser mencionado aqui é que não encontraremos nas Escrituras nenhuma tentativa no propósito de provar que Deus existe, pelo contrário, os escritores sacros sempre partirão do pré-suposto de que ele existe, desta maneira, o esforço empregado consiste em testificar do seu Ser e agir. Se por um lado foi dito que os deuses dos gentios são idealizados por mortais e, portanto, têm início e fim, em contra partida, o Deus eterno será apontado como um ser transcendente, ou seja, não está limitado ao espaço e nem ao tempo. Esta conclusiva é de grande relevância para o mortal, pois, isso indica que o seu passado e presente não são desconhecidos do Deus eterno e que por esta razão, a ele pode ser confiado o futuro.  

Ao relatar a respeito da essência de Deus, o profeta Jeremias procura impactar a Casa de Israel, é como se ele mandasse pesar na balança os feitos do Deus de Israel com os feitos dos deuses dos gentios e, que não precisaria ir muito longe para se concluir que apenas o Deus eterno é digno de todo louvor e adoração.  Você não precisa de um deus para cada situação, pois o Deus vivo e eterno se propõe a suprir todas as tuas necessidade, para tanto, basta nele confiar. 
Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Assumindo uma postura diferente I



Jr 10:1-5 Um ditado popular diz que a voz do povo é a voz de Deus. Entretanto, vemos no texto uma exortação para que a casa de Israel faça a contra mão deste pensamento. Jeremias registra que indo no vácuo da maioria, Israel  estaria contra Deus. Com exceção da descrição da cidade de Nínive, onde de acordo com as Escrituras toda a cidade teria se voltado para Deus, nas demais partes do texto sagrado veremos que o que prevalecerá será a ideia de Amós capítulo nove onde apenas “um pouco” permanecerá fiel a Deus. O texto acima deixa claro que a voz do povo não é a voz de Deus e, que os servos do Senhor têm como incumbência fazer um caminho contrário daquilo que a maioria chama de natural, ainda que isto resulte em críticas ou perseguições das mais variadas.  

O texto começa com uma exortação ao povo de Deus. Qual é a mensagem do Senhor para o seu povo? Ao invés de ser influenciado seja você um agente influenciador! O profeta Jeremias mostrará como isso é possível por meio de três atitudes como segue.   

I- Atentando para a Palavra v, 1 “Ouvi a palavra que o SENHOR”  Temos aqui um oráculo, ou seja, o profeta age tão somente como porta voz, portanto, não havia aqui a emissão de opinião particular. Vale destacar também que este “ouvi” não consiste apenas em adquirir informações a respeito, mas sim, aplicar o coração no propósito de transportar o conhecimento adquirido para a vida prática. Mesmo porque, uma pessoa pode orgulhar-se de “conhecer” a Palavra de Deus (tomar conhecimento do que está escrito) sem, no entanto, manifestar o menor interesse de aplicar ao coração. Aqui aparecem aquelas figuras descritas por Cristo (casa na areia), Tiago (homem que contempla no espelho seu rosto natural), Tito (Onda do mar), todas estas figuras não passam de meros intelectuais da fé. 

II – Tendo uma postura diferente dos gentios v, 2 “Não aprendais o caminho dos gentios” (cegueira espiritual). Emprega-se o termo gentios para significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25.44), mas também usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como é o caso aqui em Jr 10.25. O desafio era para que a casa de Israel servisse como modelo de temor e adoração ao SENHOR, contudo, o que se vê é um povo místico como os demais. Por esta razão, vem a exortação: “nem vos espanteis dos sinais dos céus”.  Os babilônios acreditavam que raios e trovões fossem manifestações dos deuses e este mesmo tipo de crença teria passado a fazer parte do cotidiano de Israel. Daí a afirmação de Jeremias “porque com eles se atemorizam as nações”, ou seja, o medo ao invés de temor em forma de contrição e obediência a Deus. 

III – Não acreditando na nulidade dos ídolos v, 3 “os costumes dos povos são vaidade” (Nulo).  “Obra das mãos do artífice”. Quanto a esta questão Isaías denunciará: “Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” (Is 45.20). Esta é exatamente a denúncia feita por Jeremias: “corta-se do bosque um madeiro” “com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova.” Era preciso fixar a imagem muito bem, pois havia a crença de que caso se a mesma viesse a cair e quebrar, o deus ali representado poderia manifestar a sua fúria contra o adorador displicente. E para combater esta ideia o profeta dirá: “Não tenhais receio deles”, ”Não podem fazer mal”, “Nem tampouco têm poder de fazer bem”v, 5.  

Vivemos em uma época onde se combate todo e qualquer tipo de intolerância, inclusive a religiosa. Outra característica dos nossos dias é a pluralidade de ideias, sendo que nesta perspectiva cada um tem a sua verdade e, portanto, não existe valor absoluto e, sendo assim, toda tentativa no sentido de levar alguém a seguir um padrão chega a ser tirano e, portanto, inaceitável. Contudo, o que vemos no registro de Jeremias é que o SENHOR não abre mão da sua glória, sendo assim, seja por pura veneração ou com a finalidade de adoração, prevalece o que está contido no primeiro e no segundo mandamento. Faça a diferença!

Pastor Givaldo Santana 

sábado, 26 de outubro de 2013

Do aquebrantamento ao triunfo



Jr 33.1-13 A Bíblia registra vários momentos em que povos ímpios agem como varas nas mãos do SENHOR para disciplinar o seu povo. Contudo, se por um lado estes ímpios oprimiam o povo de Deus, em outro momento são punidos pela maldade do próprio coração. Entretanto, Jeremias deixa claro que é do propósito do Senhor ouvir e responder a todos aqueles que a Ele clamam. Com esta afirmativa queremos enfatizar que no texto lido identificamos desafios e garantias, conforme pode ser comprovado.

I- O apelo - “Clama a mim” v, 3 – Até meados da década de noventa era muito comum os pregadores gastarem mais tempo com o apelo do que com a exposição bíblica, contudo, chegou-se à conclusão de que a pregação em si já é o apelo ao coração do pecador e que, portanto, não compete ao pregador realizar a tarefa que é exclusivamente do Espírito Santo.  A lógica da coisa é que o aquebrantamento é decorrência do reconhecimento de miséria e pecados e só o Espírito é capaz de operar esta ação no coração do pecador. 

II – A garantia - “responder-te-ei”, “Anunciar-te-ei” “coisas grandes e firmes que não sabes” v, 3.  Se a condição de Jerusalém e Judá até então era de prostração, surgem agora garantias de que aquela realidade ganharia contornos diferentes e favoráveis ao povo de Deus. Os benefícios abrangeriam todos os campos que envolvem o ser humano, ou seja, espiritual, emocional e financeiro, conforme podemos observar: “Eu trarei a ela saúde e cura,” “lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.” E continua: “removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel” “purificarei de toda a sua maldade com que pecaram contra mim; “perdoarei todas as suas maldades”. Isto equivale a dizer que a vida deste povo sofreria uma guinada de 360º. 

III – A queixa - “Porquanto escondi o meu rosto desta cidade, por causa de toda a sua maldade.” v, 5. O Senhor declara a razão pela qual aplica duro juízo ao homem, isto é, a rebeldia, o desprezo aos seus estatutos, a vaidade que é capaz de tomar o coração do pecador de maneira que o mesmo é levado a pensar que pode desprezar as ordenanças do SENHOR e, ainda assim, continuar bem. É muito comum encontrarmos pessoas apresentando justificativas para os seus atos pecaminosos como forma de se isentarem de suas responsabilidades e, desta maneira, alegam que não são culpadas e que, portanto, Deus tem que abençoá-las, afinal, elas são “inocentes”, contudo, a queixa do SENHOR mostra outra realidade posta.  

IV – O triunfo - “E este lugar me servirá de nome, de gozo, de louvor, e de glória,” V, 9. Dentro da cultura hebraica o nome não tem como objetivo apenas prestar uma homenagem a alguém como é o caso da cultura ocidental, mas sim, tem como propósito descrever uma realidade vivida em determinado momento, ou até mesmo marcar a história de uma família ou de um povo. Portanto, na vida daqueles que estavam prostrados e desolados o nome de YAHVEH “Javé” (SENHOR) seria exaltado de maneira que os de foram ficariam admirados pelo agir do SENHOR no meio do seu povo: “entre todas as nações da terra, que ouvirem todo o bem que eu lhe faço”, “espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem, e por causa de toda a paz que eu lhe dou.”  

Para que Jerusalém e Judá desfrutassem de todo este triunfo, era necessário primeiramente o aquebrantamento como reconhecimento dos pecados cometidos contra os estatutos do Senhor. O adversário de nossas almas tem enganado muitas pessoas, inclusive algumas que estão sentadas nos bancos das igrejas, de que não precisam rever as suas atitudes pecaminosas para ter que desfrutar dos cuidados do Senhor. O resultado disso são pessoas muito religiosas, porém, completamente distantes do Senhor e da Sua Palavra. Clame a Ele para que aquebrante o seu coração e desta maneira você certamente triunfará. 

Pastor Givaldo Santana 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O padrão de igreja ideal


At 9.31 Após ter passado por um período de ardente prova e perseguição, onde Saulo aparece como um dos principais atores, agora a igreja goza de um período de calmaria, como é próprio de toda guerra. Esta trégua segundo o historiador Flávio Josefo, deu-se porque em 39 D.C., o imperador romano Calígula resolveu colocar a sua estátua no templo com a finalidade de adoração, e isto atraiu a atenção dos judeus, dando assim, uma trégua para a igreja. 
 Em face desta nova condição, Lucas descreve que a igreja como um organismo vivo que é, continua a sua trajetória “no temor do Senhor” evidenciando algumas características: 

I - Edifica-se por ensino e amor (Cf. Rm 15.14) - Para sermos classificados como igreja, temos que ter como marca este amor e cuidado de uns para com os outros. Uma característica muito forte da igreja do primeiro século que é descrita por Lucas é o espírito de comunhão, aliás, esta é uma das razões pela qual o modelo de igreja emergente foge dos padrões bíblicos, visto que tem como uma de suas marcas o isolamento, pois enfatiza que apenas a sintonia do crente na vertical é o que efetivamente importa. Todavia, a tônica das Escrituras é que a nossa comunhão com Deus ficará evidente no modo como somos fortalecidos enquanto compartilhamos as nossas virtudes e defeitos rumo ao fortalecimento da igreja. 

II – Vive impulsionada Pelo Espírito Santo (Cf. Jo 14. 16,26) – É de fundamental importância que a igreja compreenda quem é e qual é o papel do Espírito Santo. Este termo nos remete para as seguintes idéias: “Exortação”, “Encorajamento”. É exatamente assim que Cristo se refere no texto acima. Outra idéia é: “consolo”, ou seja, “aquele que foi enviado para o lado de outro”. Portanto, ele exorta, consola e age como ajudador. Isto quer dizer que, assim como Cristo esteve com os seus discípulos, da mesma maneira o Espírito Santo se faria presente no cotidiano dos mesmos. Assim como Cristo foi enviado do Pai para a igreja, de igual forma o Espírito Santo, porém, Cristo agora volta para o Pai, a fim de nos preparar morada, enquanto que o Espírito vem preparar o coração da igreja para que Deus habite. 

III- Cresce pela evangelização dos perdidos  At 8.4
Não temos como pensar em modelo ideal de igreja, sem inevitavelmente ligá-la à sua tarefa missionária. Portanto, seja em meio às provas ou na calmaria, em qualquer circunstância ou lugar você tem como papel testificar dos feitos de Deus. Aqui está outra característica muito presente no livro de Atos, isto é, em todo momento Lucas relata os servos de Deus compartilhando as suas experiências de fé. A convicção dos apóstolos: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20) era a mesma esboçada pelos demais integrantes da igreja, de modo que Lucas registra: “E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). 
Pensar em igreja ideal nem de longe consiste em apontar um grupo isento de incorrer em equívocos e erros, mas se tem algo que lhe qualificará como aquela que está no caminho certo é a presença do “temor do Senhor”, que lhe possibilitará o anseio por evidenciar as características descritas acima.  Visto que se trata de pontos cruciais para a subsistência da igreja e, justamente por esta razão, aparecem aqui como marcas de uma igreja ideal. 

Pastor Givaldo Santana

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Resgatando o fervor espiritual da igreja


I Ts 5.19 Uma foto postada na internet esta semana de um veículo importado sendo levado para dentro do templo, a fim de ser ungido, reascendeu uma discussão entre pastores sobre a dinâmica da igreja na atualidade. Em meio ao debate caloroso, composto por opiniões diversas, concluiu-se que uma ala da igreja vive uma luta constante para lançar novidades todos os dias, no propósito de manter pessoas místicas no recinto sagrado, enquanto que a outra ala permanece estagnada, fria e indiferente; o que nos leva a entender que ambos os lados distanciaram-se da proposta original. 

No texto em questão, Paulo destaca que a igreja não deve desprezar a profecia, que aqui refere-se ao ensino, ou a exposição das Escrituras feita pelos apóstolos e demais líderes ao povo de Deus. Atrapalhar a ação do Espírito Santo, portanto, equivale a não colocar o coração na Palavra de Deus, pois, o Espírito Santo é como uma chama viva em nossa vida, contudo, Ele pode apagar por falta de manutenção. Vale ressaltar que o prejuízo aqui de modo algum recai sobre Deus, mas unicamente na vida daqueles que apagam o Espírito em suas vidas. 

Dentro desta perspectiva é correto afirmar que o evangelho tornou-se uma paródia na vida de muitos crentes. E o resultado claro desta realidade é a frieza espiritual que tem tornado muitos indivíduos apáticos e voltados para si mesmos, razão pela qual tem faltado vivacidade espiritual na vida da igreja. E como consequência, a coragem para servir, o desejo de crescer na fé e a disciplina da oração estão congelados. Sendo assim, o estudo e a vivência das Sagradas Escrituras é quase nulo e o evangelismo está fora de cogitação.

É por todos estes fatores que a frieza espiritual precisa ser substituída pelo fogo do Espírito Santo que desencadeará em três atitudes essenciais para a igreja:  
a) Nos convoca ao estudo profundo das Sagradas Escrituras, que resultará em uma vida irrepreensível, santa e íntegra.  
b) Nos coloca de joelhos dobrados e coração quebrantado diante de Deus (Adoração).
c) Nos impulsiona a pregar o evangelho com coragem e destemor. 

Este Fogo que tira a impureza pela confissão de um coração arrependido é também o Fogo que nos permite evidenciar amor por Deus e Sua Palavra. É Este Fogo que nos fortalece na santificação sem a qual ninguém verá a Deus. Portanto, o crente que apaga o Espírito Santo se distancia do Senhor, dá mau testemunho e, fica indiferente no tocante a necessidade de compartilhar da sua fé com as demais pessoas. 

Pastor Givaldo Santana 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Qual é o real valor da igreja?


Ef 5.25-27

Introdução 

Recentemente recebi um email com o título: IBGE: quase 1 milhão de evangélicos saem dos ‘templos’ por ano (Por Ákel Edin).  Segundo Edin todo o esforço da reforma caiu por terra. A podridão que tanto os reformadores condenaram ao propor a reforma protestante, está presente na igreja hoje. E, por isso, ele sugere a adesão de movimentos que estão presentes em diferentes países como: “‘Caminho da graça’ de Caio Fábio, e o ‘Show tem que parar’ do irmão Paulo, e as igrejas orgânicas que começaram nos EUA com Frank Viola”. Estes movimentos apresentam a igreja enquanto instituição, como um sistema falido, e propõe reuniões informais nas casas, citando como exemplo a igreja primitiva.  Edin conclui a sua argumentação fazendo o seguinte desafio: “Ore antes de comer, de dormir, ao acordar… Tenha bons costumes”. Para ele fazendo estes exercícios diários você estará cumprindo o seu papel na qualidade de discípulo de Cristo. 
Muito embora eu discorde da postura acima descrita, a minha consciência pede para que eu concorde com uma afirmativa descrita acima, como sendo verdadeira, ou seja, a igreja vem progressivamente se distanciando do pendão levantado pelos reformadores. O espaço não me permite, mas em poucas palavras, afirmo que existe um distanciamento real das Escrituras. Contudo, quero destacar aqui, ainda que de modo breve, o real valor da igreja de Cristo. 
Contextualizando a passagem, o apóstolo Paulo enfatiza o real valor do matrimônio, e como ilustração ele descreve o amor de Cristo pela igreja. Espero que não esteja usando aqui um texto para pretexto, mas pretendo destacar apenas a ilustração comparativa, onde o apostolo enfatiza o real valor da igreja.  O matrimônio é considerado como símbolo da relação entre Deus e seu povo, esta ideia atravessa toda a Bíblia, aliás, o termo aliança já trás consigo este sentido. 
I – A entrega “si mesmo se entregou por ela” v, 25, 26. No evangelho de João este ensinamento é muito claro: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Jo 10:11.   O apostolo Paulo destaca que esta entrega teve algumas motivações, isto é, “Para a santificar”  (separar para o serviço a Deus), e “Para purificar” (Livrar da culpa do pecado e da corrupção). Os dois termos estão ligados, pois a santificação vem por meio da purificação. Quanto ao meio através do qual isto se dá ele declara: “Pela palavra”, (Jo 17.17) esta é a Palavra que descreve as promessas de Deus apara o seu povo.  
II - A motivação “Para a apresentar a si mesmo” v 27. O que teria motivado Cristo a se entregar? Na cultura que Paulo tem em mente, após os noivos firmarem o compromisso, dava-se início a um período festivo que podia ir de sete a catorze dias, onde a noiva se produzia para apresentar-se ao seu amado.  Portanto, após ter passado por todo um processo, a igreja se apresentará ao seu Senhor como uma “Igreja gloriosa”. Para tanto, ela precisará estar “Sem mácula”. A ideia aqui é: sem contaminação, que refere-se aos aspectos morais e espirituais, reforçado pelo termo: “Nem ruga” (contrair), que expressa o sentido de pecado.  
     III- O propósito “Porém ”v, 27. Para que este esforço empregado em prol da igreja? São dois os motivos. Para apresentar ao Senhor uma igreja: 1) “Santa” (separado do uso comum para Deus), 2) “Irrepreensível” (Sem culpa cf. Nm 6.14). Fica claro no texto que Cristo está trabalhando na vida da sua igreja, que embora no presente momento ela pareça bem distante do ideal, na verdade, está passando pelo processo de purificação por meio da Palavra, a fim de apresentar-se ao Cordeiro de modo impoluta para louvor e honra daquEle que reina hoje e sempre. 
O que dizer das acusações que são feitas à igreja evangélica dos nossos dias? Eu ousaria dizer que até têm pessoas não convertidas em seu meio, sejam lideres ou liderados, contudo, embora o mau testemunho e o distanciamento das Escrituras seja uma realidade, eu não posso simplesmente generalizar como se a podridão estivesse presente na vida de todos aqueles que fazem parte de uma denominação constituída. Portanto, sou da opinião de que todo extremo nos leva a percorrer caminhos perigosos, lembrando ainda que em outro lugar Paulo orienta seu leitores a examinarem tudo, mas que retivessem apenas o bem.  Entendo que o Senhor da igreja está no controle, e que no tempo determinado pelo Pai ele virá para separar Joio e trigo. 

Pastor Givaldo Santana 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que importa?


É manter a alegria da salvação

I Pd 1.3-13 Este certamente não é o mesmo Pedro impulsivo e cheio de fraquezas descrito nos evangelhos. Depois de tantas provas e já nos seus últimos dias de vida, um homem maduro compartilhará da sua experiência com os demais irmãos que sofriam grande pressão por causa da fé. 
Pedro escreve esta epístola por volta de 64 d.C. A esta altura Roma tem grande parte da cidade queimada e os moradores colocam a culpa no imperador Nero, que por causa dos seus projetos ambiciosos teria provocado tal catástrofe, porém, como Nero sabia que os romanos não viam os cristãos com bons olhos, ao ser acusado, disse que na verdade os cristãos teriam sido responsáveis pela queimada, como resultado, foi levantada uma furiosa perseguição contra os cristãos. 

Ao escrever aos irmãos, o apóstolo Pedro teve como finalidade desafiar àqueles que estavam dispersos na Ásia menor para que permanecessem firmes nestes tempos difíceis. Eles tinham nascido de novo por meio da ressurreição de Cristo e, por isso, deviam manter no coração a viva esperança. Pedro afirma que a confirmação da fé que tinham por meio do teste é mais preciosa do que o precioso ouro refinado. Sendo assim, deveriam, por esta razão, preparar as suas mentes para buscar a Cristo em santidade, movidos pela esperança cristã que repousa no fato de ter Deus ressuscitado o seu Filho Jesus Cristo dentre os mortos. 

A epístola tinha como objetivo duas questões básicas: A) Fortalecer os irmãos e B) Alimentar o rebanho de Deus. Pedro inicia a sua argumentação destacando alguns fatos gloriosos da salvação. No primeiro momento diz que fomos escolhidos pelo Pai; segundo que fomos feitos santos pelo Espírito e terceiro que somos purificados pelo sangue do Filho. Daí ele argumenta que a nossa salvação está garantida por três fatores: A) A prova (v,3) – “Ela é garantida pela ressurreição de Cristo”, B) A permanência (v,4) – “Ela é mantida nos céus para nós”, C) O poder (v,5) – “o imenso poder de Deus assegura-nos que chegaremos seguros no céu. Por todos estes fatores é que Pedro argumenta que a  alegria da salvação não deve limitar-se às circunstâncias.

Ligados a todos os aspectos mencionados vemos no texto três ênfases: 
I- A viva esperança v, 3 “Centralizada em cristo”. Dentro desta perspectiva o autor aos hebreus diz que o que se vê não é esperança. Talvez se aqueles irmãos olhassem para os episódios que os cercavam corriam o risco de concluírem que nada daquilo valia à pena, mas o apóstolo cuida de animá-los sob a alegação de que a obra operada em seus corações havia sido concretizada por Cristo e que esta salvação não estava limitada ao circunstancial, mas que era de caráter duradouro. 
II- A herança incorruptível e imarcescível v, 4. Temos aqui aquela ideia expressa por Cristo em Mateus 6 quando fala a respeito do tesouro nos céus, onde ladrões não minam, não roubam e nem a ferrugem ou a traça tem a capacidade de comprometer o seu real valor. Portanto, não eram as provações que fariam aquela herança murchar, pelo contrário, a pressão aplicada só serviria para confirmar o quanto eram fervorosos e estavam dispostos a padecerem pela causa do evangelho. 
III- O poder divino que preserva em meio às provas: VV 5-8. Aqui podemos destacar três pontos através dos quais os irmãos poderiam extrair deste poder: Por meio da fé v, 5; pelo regozijo nas provas v, 6; em amor e gozo indescritível, 8. A ideia é muito clara, Pedro argumenta que a força para vencer a prova não estava contida essencialmente no crente, mas em Deus que fornece o suporte(fé) necessário para que não fiquem prostrados pelas circunstâncias ameaçadoras.
É fato que a igreja não gosta de passar por provas, mas é verdadeiro também que os servos de Deus sabem que em grande ou pequena escala elas sempre vêm. Muito embora eu não seja muito favorável às frases prontas que são rotina no meio evangélico, abrirei uma exceção aqui para dizer que Deus não nos poupa das provas, mas nas provas. Precisamos ter em mente também que as provações nunca têm um fim em si mesmas, mas que levarão sempre a um propósito muito maior. Lembre-se que Deus não está indiferente à tua causa.  
Pastor Givaldo Santana 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O que importa?


At 5.17-30 Normalmente as tramas de investigação envolvem bastante pressão por parte dos investigadores para obter a informação desejada. Alguns cedem diante do primeiro aperto, enquanto outros resistem o máximo que podem porque sabem que as informações desejadas podem colocar em risco uma operação e até os interesses de uma nação. O texto acima relata um momento crucial para o cristianismo, pois os apóstolos são pressionados a desistirem da ideia de serem embaixadores à custa da própria vida.  Qual a sua reação diante das pressões? O propósito aqui é enfatizar a postura dos apóstolos como sendo um modelo para a igreja de Cristo. 

I – A oposição v, 17 “levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos que estavam com ele”.  A presença e pregação dos apóstolos incomodavam, sobretudo porque ameaçava o sistema político e religioso ali constituído. Em relação ao aspecto político o que Roma menos queria era o estouro de uma revolução e, como não entendiam muito bem o propósito dos apóstolos, era muito melhor que aquele “movimento” fosse desmobilizado antes de ganhar proporções gigantescas. 
Já em relação ao aspecto religioso, o texto diz “... a seita dos saduceus, tomaram de inveja” v, 17. A bíblia cita duas alas religiosas existentes nos dias de Jesus, a saber, os fariseus e saduceus. Acontece que os saduceus não acreditavam na vida após a morte e, portanto, negavam a idéia de ressurreição, por isso, fizeram tanta oposição aos apóstolos que anunciavam o Cristo ressurreto, além do mais, ao contrário dos fariseus, eram pessoas abastadas e por esta razão tinham influência o suficiente para tirar seus opositores da jogada. Portanto, como àquela altura os apóstolos já tinham caído na graça do povo, o mais urgente a fazer seria tirá-los de cena, daí a parceria religiosa e política no intuito de calá-los: “Prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública”v, 18. Contudo, Deus tinha um propósito maior a realizar por meio daqueles homens, conforme veremos a seguir.  

II- A ordem v, 19,20 “Ide e apresentai-vos no templo”. Qual o motivo desta ordem? Pela manhã por volta das nove da manhã, uma grade multidão se reuniria no templo para oferecer sacrifícios e, portanto, um momento propício para que o evangelho fosse anunciado. Aprouve a Deus ter libertado miraculosamente os seus servos, agora os impele a colocar-se em uma hora e local estratégico para denunciar os pecados e fazer um apelo ao arrependimento.
Grande susto tomaria  os  soldados  ao  irem  até  a  salinha insalubre para  buscar os prisioneiros para as autoridades interrogá-los. “... a ninguém encontramos dentro” v 23. A idéia aqui é a de um grande silêncio. Eles ficaram atônitos sem entenderem o que exatamente teria acontecido, aliás, a mesma reação tomará também as autoridades: “Então o sumo sacerdote, o capitão do templo e os chefes dos sacerdotes, ouvindo estas palavras, estavam perplexos acerca deles e do que viria a ser aquilo.” V, 24. Ao chegarem ao templo, lá estavam os apóstolo cumprindo o que lhes foi determinado. Contudo, os soldados não queriam correr o risco de serem apedrejados pelo povo e nem as autoridades, daí a razão pela qual os pregadores não foram tratados com hostilidade, conforme registra o verso 26: “Então foi o capitão com os servidores, e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo).” Na seqüência veremos o desfecho daquela situação.

III- A decisão v, 29 “Importa obedecer a Deus do que aos homens”. Esta foi a resposta que aquelas autoridades obtiveram ao inquirirem os apóstolos sobre a desobediência de continuarem anunciando o Cristo ressurreto. A vida deles certamente estava por um fio, mas o comprometimento deles na condição de embaixadores era muito maior.
É fato que temos na própria Palavra de Deus a determinação expressa para obedecermos às autoridades constituídas, porém, eles estavam ali obedecendo aquele que é muito maior. O fato é que eles estavam tão envolvidos com aquela causa que não pouparam palavras ao acusarem as autoridades ali presentes de serem coniventes com a morte de Cristo. Aliás, aquela acusação deixou políticos e religiosos tão furiosos que decidiram imediatamente pela morte dos pregadores, que só foram poupados devido à intervenção de um fariseu cujo nome era Gamaliel.
Os apóstolos estavam convictos quanto à posição que deveriam tomar diante da pressão e até mesmo à custa da própria vida. Decidir por obedecer a Deus sempre deixará os transgressores furiosos e, portanto, sempre virão com toda força para cima daqueles que apontarem seus erros à luz das Escrituras.
Quanto à realidade dos nossos dias, a sociedade quer nos moldar com suas práticas e valores, é um sistema perverso sem parâmetros espirituais, com uma idéia de sexualidade distorcida e intelectualmente comprometida, quanto a este último item basta atentarmos para as músicas mais tocadas no rádio e televisão.  Portanto, somos conclamados a tomarmos a mesma postura dos apóstolos e com ousadia declararmos que nos recusamos a ceder às imposições diabólicas, pois somos súditos e embaixadores do Rei. Decida se você quer ser aplaudido por todos os homens ou rejeitado por Deus. O que importa? É obedecer a Deus. 


Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que importa?


É que Cristo seja pregado

Fl 1.18 Nos primórdios da minha conversão fui fisgado muitas vezes pela armadilha de achar que fazer crítica a determinados movimentos no meio evangélico era pregar o evangelho. E funcionava da seguinte maneira: Na medida em que passava a falar do evangelho para determinada pessoa, a mesma, no intuito de desqualificar a minha pregação, fazia criticas a determinadas práticas no meio evangélico e me perguntava o que eu achava. Entendendo que estava defendendo a verdade, não fazia economia nas críticas a determinados movimentos, o que equivale a dizer que tinha mordido a isca. Até porque, o evangelizado sai com a consciência “tranqüila”, pois eu havia apresentado razões mais que suficientes para que não desse crédito à mensagem anunciada.
 A questão é que em muitas situações dedicamos muito tempo para fazer duras críticas ao que entendemos que não está em conformidade com o evangelho, sendo que na verdade deveríamos empregar mais esforços para anunciar a Palavra de Deus e, conscientizar o nosso ouvinte de que a sua condição diante de Deus é de pecador e, que por esta razão, existe uma necessidade urgente de arrependimento. O apóstolo Paulo já tinha denunciado esta problemática anteriormente, e agora ele desafia a igreja de Filipos a não perder tempo combatendo os equivocados, mas dedicando real atenção no anúncio do evangelho, pois de certa maneira, até mesmo aqueles que pregam por motivações erradas acabam de certa maneira difundindo o evangelho. 

1) Uns pregam por pretexto - Pretexto : “Motivo falsamente alegado”. V,18. Os pedagogos são unânimes ao afirmarem que a melhor maneira de ensinar a criança a falar corretamente é não repetindo as palavras erradas que ela pronuncia, pois desta maneira, estaria reforçando o erro.  Quanto à passagem em questão, a recomendação de Paulo para os irmãos da igreja de Filipos é: Não dediquem tempo combatendo àqueles que pregam por motivações erradas, mas sim, que apliquem esforços em levar os pecadores a colocarem o coração na Palavra. Aliás, o apóstolo até admitirá que estas dificuldades estarão sempre a atormentar a igreja. No verso quinze ele destacará as motivações de alguns: a)Inveja e b)Rivalidade. Esta idéia fica muito clara quando trazemos à memória os judaizantes descritos no livro de Gálatas, pois fingiam ter zelo pela verdade e por Deus, mas tinham em mente apenas os seus próprios interesses, configurando-se, portanto, como corruptos e egoístas.  O que eles queriam de fato? Apenas perturbar a paz da igreja.
Em um segundo momento Paulo destacará a questão de real relevância como segue. 

2) Outros por verdade -Por verdade – “Em prol da glória de Cristo e do avanço do seu evangelho, sem se importar com o benefício pessoal”. Ou seja, não usam o nome de Cristo para mascarar motivos pessoais de cobiça e vanglória. Aqui já podemos fazer o seguinte paralelo: “Verdade” (com sinceridade), “pretexto” (com insinceridade). Paulo chamará a atenção sobre o que importa para a igreja, isto é, que Cristo seja efetivamente anunciado com as motivações corretas, onde o propósito do povo de Deus consiste em ser um instrumento em suas mãos com seriedade de coração para ver vidas sendo transformadas. Esta foi a razão pela qual Paulo não lamentou o fato de estar em algemas, até porque, ele alega que na condição de prisioneiro, teve a oportunidade de pregar a Cristo para a guarda pretoriana v. 13. Pregar a Cristo por verdade, portanto, consiste em levar seu nome a ser glorificado por meio da transformação do pecador, é aquilo que os teólogos classificam como pregação cristocêntrica, ou seja, qualquer pregação que não tenha o Senhor Jesus como o centro, pode perfeitamente ser apontada como um pseudo-evangelho. 
Por ter a consciência de que a sua motivação é sincera, Paulo dirá: “Me regozijo” v, 19 cuja idéia é a expressão chave da epístola aos filipenses, é como se ele dissesse:  “Eu me regozijo, regozijai-vos também”. No que a igreja deveria se regozijar? Na certeza de que a sua motivação para pregar a Cristo era correta e, portanto, não havia motivo para tristeza, mas sim, para alegria, visto que a Palavra está sendo anunciada, e vidas sendo arrebatadas das garras de satanás. A Deus toda a glória! A Ele que é sempre servido em glorificar o seu unigênito na vida de sua igreja.


Pastor Givaldo Santana

O que importa?


É saber quem tem o coração na Palavra

1 Co 11.19 No contexto da passagem, o apóstolo Paulo está tratando da festa ÁGAPE ou festa do amor. Na verdade, ele está argumentando com a igreja o quanto ela havia se distanciado do propósito por ter perdido de vista o ideário inicial. E a maior prova de que a proposta inicial tinha se perdido, poderia se comprovar no momento em que ocorria o banquete da celebração, razão pela qual, o apóstolo introduzirá o assunto dizendo: “Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo” v,17a.  
Na argumentação de Paulo havia na igreja de Corinto dois grupos distintos conforme apresentaremos a seguir.

I- Quantos aos partidos - “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós”. O termo “partidos” que aparece no plural é traduzido em algumas versões como: “Facções”, “divisões”. Na sua origem a ideia é de: Preferir, escolhas; podendo ter a conotação também de heresia, que são por sua vez, doutrinas erradas ou idéias desaprovadas. Em outras palavras, o apóstolo afirma que havia dentro da igreja de Corinto algumas pessoas que estavam rompendo o laço da unidade cristã. Fazendo referência a este grupo João Calvino afira: “Porque é assim que não só os hipócritas são identificados, mas também, em contra partida, a sinceridade dos fiéis se comprovam”. Esta afirmação torna o termo “importa” mais claro para nós, pois o mesmo pode ser traduzido como “necessário”, isto é, não é que haja uma determinação divina para que existam pessoas que não estejam com o coração fora da Palavra na igreja, mas o surgimento das mesmas acaba trazendo algum tipo de benefício que é evidenciar a real identidade de cada um que compõe o rebanho. Quanto a esta questão Simon Kistemaker diz: “Paulo está dizendo, entre os crentes da igreja de Corinto, descrentes vão se infiltrar, e com o seu ensino de estilo e vida causar rupturas”.
Em seguida Paulo continua argumentando e passa a fazer referência àqueles que segundo ele estão com o coração na Palavra, conforme veremos.

II- Quantos aos aprovados - “para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio”. Já o termo “Aprovados” pode ser entendido como: Genuíno, testado. A ideia aqui descreve uma prática antiga que era utilizada a fim de averiguar a legitimidade da moeda. Isto equivale a dizer que aqueles que tinham o coração efetivamente na Palavra, ao serem observados, recebiam a aprovação dos demais por serem compreendidos como aqueles que não tinham desviado o coração do propósito inicial. Quanto a este segundo grupo Kistemaker dirá: “Estes crentes afastam-se de coisas ligadas ao mundanismo, eles amam e obedecem a Deus, apegam-se a Cristo em fé demonstrando sua lealdade a ele na igreja e na sociedade”. Estes aspectos não são fáceis de serem cultivados na sede das emoções e vontades, pois demanda uma verdadeira guerra espiritual, contudo, há um desafio constante para que o marasmo e a indiferença de nossa época não nos afete de maneira a contagiar negativamente a igreja de Cristo.
O pastor Paulo tenta levar a igreja de Corinto a uma reflexão para que compreendesse que, embora estivessem constantemente no mesmo lugar, na verdade, estavam longe do que a Palavra estabelece como ideal de unidade cristã. Não se tratava de um olhar para ou outro e dizer: “Você precisa mudar isso”, pelo contrário, Paulo desafia para que cada um olhe para dentro de si: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo” v, 28. Compete, portanto, a você ter a clara consciência de que é preciso ser contado entre os aprovados, porém, para que isto seja uma realidade, você deve estar ciente de que não perdeu de vista o papel da igreja que é nutrir a unidade no corpo de Cristo.


Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O que importa?
























A certeza da presença de Deus

At 23.11 Há momentos em que situações se levantam como barreiras para nos fazer parar. A perseguição contra o ministério de Paulo tornou-se tão forte que naquele momento parecia ter chegado ao fim. Ele estava sozinho em uma cela fria e escura de uma fortaleza. Talvez, o coração daquele homem estivesse cogitando que aquela fosse a sua última noite de vida. Paulo está ansioso e apreensivo quanto às coisas que poderão acontecer e, é em meio a este clima de angústia e apreensão, que o Senhor lhe aparece e encoraja o seu coração. Desta maneira, faz-se necessário afirmar que o Senhor está sempre presente e dá o suporte que seus servos necessitam. Quais lições podem ser extraídas do texto? I – O Senhor se faz presente - “na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele”v.11a ”. De acordo com a narrativa, a situação de Paulo era crítica, todos ali desejavam a sua morte, a menos que ele traísse a sua própria consciência negando toda a experiência que já tinha experimentado na presença de Deus, o que não era o caso, e exatamente por esta razão, ele temia por sua vida e isso lhe deixou profundamente angustiado. Não é que Paulo não tivesse fé ou duvidasse do poder de Deus para livrá-lo de mais aquela situação embaraçosa, mas a nossa condição limitada nos leva a titubear muitas vezes quando nos vemos impotentes diante de determinadas situações, mas é importante que a igreja entenda que assim como Paulo não foi abandonado, de igual forma o Senhor assiste os seus servos nos momentos angustiantes. “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” Hb 13:5. Logo, os crentes que sofrem em tempos de grandes lutas, podem abrigar-se no secreto da presença do Senhor: “Tu os esconderás, no secreto da tua presença, dos desaforos dos homens; encobri-los-ás em um pavilhão, da contenda das línguas.” Sl 31.20. Na seqüência podemos constatar outra realidade. II- O Senhor dá suporte – “e disse: Coragem! v.11b” – Com esta voz afável a alma de Paulo se recomporá. Perseverar em meio às provações nem de longe é uma tarefa fácil, mas a voz encorajadora do Espírito sopra em nossos ouvidos trazendo ao coração o suporte que necessitamos para continuar testemunhando o evangelho, ao invés de ficarmos prostrados como decorrência das adversidades. Temos uma tendência de olharmos para os personagens bíblicos e concluirmos que permaneceram testemunhando firmes por terem recebido super poderes, no entanto, nas palavras do próprio Paulo podemos tirar outra conclusão: “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” 2 Coríntios 12.10. Essa fortaleza não podia ser encontrada no próprio apóstolo; não estava em foco a sua força, e, sim, o poder de Cristo. Vejamos o terceiro e último aspecto. III- O Senhor nos dá garantias – “Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” v.11c - Com estas palavra o apóstolo já podia ter uma certeza; aquela não seria a sua ultima noite, mas não só isto, ele continuaria pregando o evangelho e, mais ainda, o Senhor deixou claro que continuaria presente em sua vida, dando-lhe todo o suporte necessário para que continuasse testificando da parte de Cristo. Vemos nas Escrituras outras ocasiões onde os sevos do Senhor são desafiados a não retrocederem sob a garantia de que o Senhor lhes fará lograr êxito no propósito intencionado: “Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.” Js 1:6-7. A situação não foi diferente com o apóstolo Paulo, pois era do propósito do Senhor que o mesmo testemunhasse a seu respeito e assim foi. Naquela ocasião Paulo apelou para o fato de ter cidadania romana e isso lhe preservou a vida: “E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano.” At 22:25-26. O argumento utilizado por Paulo lhe permitiria ir até Roma conforme o Senhor tinha ordenado. Na continuidade da narrativa de Lucas ficará registrado que o Senhor foi servido em colocar Paulo diante de reis e vassalos para testemunhar de sua parte. Assim como o apóstolo ficou angustiado, de igual forma estamos sujeitos, contudo, o grande desafio é poder também contar com o auxílio do Senhor como suporte para que possamos sair vitoriosos, para tanto, é necessário que você não se deixe intimidar pelas circunstâncias, pois, assim como Deus foi servido em usar Paulo como instrumento para testificar do seu nome diante de uma sociedade em decadência moral e espiritual, semelhantemente você pode ser uma poderosa ferramenta nas mãos do Senhor. 
 Pastor Givaldo Santana

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Encontro de UMPCs 2013 - Pres. Prudente




Encontro de jovens na cidade de Presidente Prudente, dias 7 e 8 de Setembro







segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O que importa?


Atos 14. 19-28 Mantendo o foco. Ao longo da nossa vida estabelecemos metas a serem alcançadas, no entanto, no decorrer do processo elas vão se perdendo no caminho por diversas razões. Sendo assim, é importante destacar que quando não existe um foco, a tendência natural é que os acontecimentos comprometam a intenção inicial.
No texto em questão os apóstolos Paulo e Barnabé foram enviados pela igreja a fim de levarem a mensagem do evangelho, não obstante, foram inúmeros os obstáculos enfrentados que facilmente poderiam levá-los a perder o foco e voltar para trás, apresentando as suas boas justificativas que seriam facilmente aceitas pela igreja que os enviou. Entretanto, conforme veremos eles não só manteram a meta estabelecida, como também obteram sucesso por terem efetivamente alcançado o objetivo.
I- As conspirações “instigaram as multidões” v, 19a- A grande massa sempre será manipulada sem que nem a mesma entenda a razão das suas ações. O judaísmo se via ameaçado e, com isso, os líderes judaicos manipularam o povo sob a alegação de que o cristianismo era ruim para suas vidas. Como os apóstolos tinham realizado milagres e, portanto, tinham credibilidade perante o povo. Os líderes tomaram como estratégia difamar o apóstolo Paulo “Apedrejando a Paulo”. Somente pessoas que tinham cometido crimes terríveis ou aqueles que eram considerados hereges tinham esse tipo de morte.  Mas o fato é que Paulo passa de perseguidor a perseguido (At 9). Mais tarde ele fará referência a este apedrejamento (2 Co 11.25). A questão é que sendo Paulo o principal líder, a intenção era que ao atingí-lo, toda a operação ficasse comprometida. Mas não é o que aconteceu, aliás, Deus opera aqui um milagre na vida de Paulo, porque mesmo tendo sido apedrejado ao ponto de ser dado como morto,  no dia seguinte está em pé mantendo o foco: “No dia seguinte, partiu, com Barnabé, para Derbe” v, 20.
II – Ao animar uns aos outros “Fortalecendo a alma dos discípulos” v, 22a - O novo nascimento gera sempre entusiasmo, aqueles que têm um encontro pessoal com Cristo ficam logo cheios de entusiasmo e querem compartilhar a nova experiência, contudo, não vai demorar muito para que percebam a hostilidade do mundo em relação ao evangelho. Os discípulos descritos no texto eram recém saídos do paganismo e tinham rompido laços sociais em decorrência do novo nascimento, é exatamente por força desta nova postura que experimentariam a oposição, podendo desanimar da carreira cristã. O natural, portanto, seria esperar que recebessem palavras animadoras, no entanto, vem a seguinte declaração: “através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” v, 22b. Os apóstolos foram francos com aqueles crentes que estavam cercadas pelo paganismo.
O fato é que as tribulações nos ensinam o quanto dependemos de Deus, elas nos aproximam mais uns dos outros, além de serem discipuladoras, por nos ensinar valores espirituais. 
III- Ao relatar os feitos de Deus “Ali chegados, reunida a igreja” v, 27 - A igreja envia os mensageiros e naturalmente agora querem saber qual o resultado do trabalho e o relato foi que Deus sustentou, consolou e preservou. “Relataram quantas coisas fizera Deus com eles”. A ideia aqui é por meio deles (labor). Observe que os apóstolos não vão enfatizar aqui as perseguições ou o quanto sofreram com os seus opositores, mas dirão apenas que mantiveram o foco e, por isso, o objetivo foi alcançado: “E como abrira aos gentios a porta da fé”. É claro que eles tinham consciência de que o Espírito Santo foi o principal agente em todo aquele processo, ao aplicar a Palavra no coração de alguns pecadores para que cressem, pois do contrário nada aconteceria naquelas vidas, por esta razão, enfatizaram que Deus clareou o entendimento daquelas pessoas para que pudessem crer.
Na evangelização, portanto, deve-se não só manter o foco, mas também sempre enxergar possibilidades. Muitas vezes a tarefa parecerá desencorajadora, contudo, não podemos perder de vista que a obra é do Senhor e que nós somos apenas instrumentos a levar uma mensagem de salvação, amor e esperança que nem sempre será vista com bons olhos como foi o caso dos apóstolos, mas é fato também que Deus lhes deu almas conforme relataram.
Você tem mantido o foco? A sua tarefa consiste em anunciar a mensagem do evangelho? Lembre-se, compete tão somente ao Espírito Santo operar nos corações.

Pastor Givaldo Santana