sábado, 26 de outubro de 2013

Do aquebrantamento ao triunfo



Jr 33.1-13 A Bíblia registra vários momentos em que povos ímpios agem como varas nas mãos do SENHOR para disciplinar o seu povo. Contudo, se por um lado estes ímpios oprimiam o povo de Deus, em outro momento são punidos pela maldade do próprio coração. Entretanto, Jeremias deixa claro que é do propósito do Senhor ouvir e responder a todos aqueles que a Ele clamam. Com esta afirmativa queremos enfatizar que no texto lido identificamos desafios e garantias, conforme pode ser comprovado.

I- O apelo - “Clama a mim” v, 3 – Até meados da década de noventa era muito comum os pregadores gastarem mais tempo com o apelo do que com a exposição bíblica, contudo, chegou-se à conclusão de que a pregação em si já é o apelo ao coração do pecador e que, portanto, não compete ao pregador realizar a tarefa que é exclusivamente do Espírito Santo.  A lógica da coisa é que o aquebrantamento é decorrência do reconhecimento de miséria e pecados e só o Espírito é capaz de operar esta ação no coração do pecador. 

II – A garantia - “responder-te-ei”, “Anunciar-te-ei” “coisas grandes e firmes que não sabes” v, 3.  Se a condição de Jerusalém e Judá até então era de prostração, surgem agora garantias de que aquela realidade ganharia contornos diferentes e favoráveis ao povo de Deus. Os benefícios abrangeriam todos os campos que envolvem o ser humano, ou seja, espiritual, emocional e financeiro, conforme podemos observar: “Eu trarei a ela saúde e cura,” “lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.” E continua: “removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel” “purificarei de toda a sua maldade com que pecaram contra mim; “perdoarei todas as suas maldades”. Isto equivale a dizer que a vida deste povo sofreria uma guinada de 360º. 

III – A queixa - “Porquanto escondi o meu rosto desta cidade, por causa de toda a sua maldade.” v, 5. O Senhor declara a razão pela qual aplica duro juízo ao homem, isto é, a rebeldia, o desprezo aos seus estatutos, a vaidade que é capaz de tomar o coração do pecador de maneira que o mesmo é levado a pensar que pode desprezar as ordenanças do SENHOR e, ainda assim, continuar bem. É muito comum encontrarmos pessoas apresentando justificativas para os seus atos pecaminosos como forma de se isentarem de suas responsabilidades e, desta maneira, alegam que não são culpadas e que, portanto, Deus tem que abençoá-las, afinal, elas são “inocentes”, contudo, a queixa do SENHOR mostra outra realidade posta.  

IV – O triunfo - “E este lugar me servirá de nome, de gozo, de louvor, e de glória,” V, 9. Dentro da cultura hebraica o nome não tem como objetivo apenas prestar uma homenagem a alguém como é o caso da cultura ocidental, mas sim, tem como propósito descrever uma realidade vivida em determinado momento, ou até mesmo marcar a história de uma família ou de um povo. Portanto, na vida daqueles que estavam prostrados e desolados o nome de YAHVEH “Javé” (SENHOR) seria exaltado de maneira que os de foram ficariam admirados pelo agir do SENHOR no meio do seu povo: “entre todas as nações da terra, que ouvirem todo o bem que eu lhe faço”, “espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem, e por causa de toda a paz que eu lhe dou.”  

Para que Jerusalém e Judá desfrutassem de todo este triunfo, era necessário primeiramente o aquebrantamento como reconhecimento dos pecados cometidos contra os estatutos do Senhor. O adversário de nossas almas tem enganado muitas pessoas, inclusive algumas que estão sentadas nos bancos das igrejas, de que não precisam rever as suas atitudes pecaminosas para ter que desfrutar dos cuidados do Senhor. O resultado disso são pessoas muito religiosas, porém, completamente distantes do Senhor e da Sua Palavra. Clame a Ele para que aquebrante o seu coração e desta maneira você certamente triunfará. 

Pastor Givaldo Santana 

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