“Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;” 2 Tm 3:1
De um modo
profético o apóstolo Paulo alertará Timóteo para a realidade que vivenciamos
hoje na pós-modernidade, a narrativa de Paulo é como se estivéssemos lendo o
jornal que ainda concentra o calor da máquina que o imprimiu. A inversão de
valores tornou-se algo tão patente em nossa época que o certo e o errado são
descartados como lembranças arcaicas de um passado opressivo. Por isso não se
admite termos como: "perdição" e “julgamento”. A pós-modernidade apresenta
algumas características em sua maneira de interpretar a verdade bíblica
conforme apresentaremos em três aspectos:
A) Aceitação sem arrependimento e completude sem redenção. Você consegue imaginar o cristianismo sem o
evangelho? É claro que uma concepção desta é no mínimo absurda, a Palavra é
clara ao desafiar o pecador a uma mudança de vida, e não simplesmente dar uma
nova roupagem para os antigos hábitos. Mas a grande questão é: Redimir do que,
se não existe consciência de pecado? Diga-se de passagem, não foi Cristo quem
criou o cristianismo e, portanto, a religião é quem tenta impor os seus
conceitos e pré-conceitos querendo redimir as pessoas, a fim de ajustar aos
seus dogmas, diz os adeptos da pós-modernidade. Em contra partida, o texto sagrado diz: “e sem derramamento de sangue não há remissão ” Hb 9:22b. Ao citar e defender a
literalidade desta afirmação, fatalmente você será taxado de radical e
intolerante, e é neste momento que o servo(a) de Deus precisa manter a postura
e confrontar os pecadores com as Escrituras.
B) Não se pode atribuir um único significado para o
texto. Vivemos em uma época plural, e exatamente, por isso, a ideologia é de
que se deve evitar de todas as maneira ter um único alvo como padrão a ser
seguido. Daí a razão para afirmarmos que o
deus permitido no pós-modernismo não é o Deus da Bíblia, exatamente porque
a idéia dos nossos dias é a de um deus permissivo, ao passo que a Palavra nos apresenta
outra realidade como podemos observar: “Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para
que vos não ouça ” Is 59:2. Mas talvez alguém diga: Este
é um texto do Antigo Testamento! Vamos ao Novo: “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o
fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” Mt 25:41.
Devido a uma leitura superficial ou tendenciosa do texto,
muitos são levados a uma vaga idéia de espiritualidade. Este é o motivo
pelo qual a nossa reivindicação é de que a Bíblia é a Palavra de Deus para
todos. Com isto, estamos afirmando que não cabe ao homem fazer leituras
subjetivas e tendenciosas das Escrituras, mas aplicar o ensino bíblico no
coração por ser esta a vontade de Deus.
C) Não há regras. Assisti certa vez a um filme
onde apostadores inveterados recrutaram um grupo de pessoas que tiveram como
desafio procurar um suposto tesouro perdido, e antes da largada para a busca
pelo tesouro, o líder da façanha disse: Não
existem regras! Assim eles ficaram assistindo por um telão como cada um
agia para alcançar seus objetivos. É exatamente assim que vive a sociedade
pós-moderna, aliás, alegam que uma
estrutura de pensamento conveniente foi planejado para oprimir aqueles que não
estão no poder e, sendo assim, cada
cultura deve estabelecer a sua própria verdade. Lembra-se da celebre indagação
de Pilatos? “Que é a verdade”? Jo
18.38. A questão é que quando a
verdade é negada, o que prevalece é a terapia, isto é, todas as questões acabam
girando em torno do eu, ou seja,
haverá sempre uma tentativa de elevar a auto-estima. Por isso, palavras como "pecado" são
rejeitadas sob a alegação de serem opressivas e prejudiciais à auto-estima. Portanto,
compete a cada indivíduo fazer a sua própria leitura e interpretação do que
entende ser verdade e ser crida e obedecida.
Sendo um
ramo fiel da igreja de Cristo, compete à Igreja Presbiteriana Conservadora
manter a firme posição de que a
nossa reivindicação não é pregar uma verdade entre muitas, mas como disse Francis
Schaeffer: “A igreja cristã deve lutar pela verdade verdadeira”.
Louvamos ao Senhor porque nestes 73 anos da seara conservadora temos nos
mantido firmes na observação das Escrituras.
Pastor
Givaldo Santana
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