segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Os desafios da igreja em meio à pós-modernidade



Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; 2 Tm 3:1  
De um modo profético o apóstolo Paulo alertará Timóteo para a realidade que vivenciamos hoje na pós-modernidade, a narrativa de Paulo é como se estivéssemos lendo o jornal que ainda concentra o calor da máquina que o imprimiu. A inversão de valores tornou-se algo tão patente em nossa época que o certo e o errado são descartados como lembranças arcaicas de um passado opressivo. Por isso não se admite termos como: "perdição" e “julgamento”. A pós-modernidade apresenta algumas características em sua maneira de interpretar a verdade bíblica conforme apresentaremos em três aspectos:
A) Aceitação sem arrependimento e completude sem redenção. Você consegue imaginar o cristianismo sem o evangelho? É claro que uma concepção desta é no mínimo absurda, a Palavra é clara ao desafiar o pecador a uma mudança de vida, e não simplesmente dar uma nova roupagem para os antigos hábitos. Mas a grande questão é: Redimir do que, se não existe consciência de pecado? Diga-se de passagem, não foi Cristo quem criou o cristianismo e, portanto, a religião é quem tenta impor os seus conceitos e pré-conceitos querendo redimir as pessoas, a fim de ajustar aos seus dogmas, diz os adeptos da pós-modernidade.  Em contra partida, o texto sagrado diz: “e sem derramamento de sangue não há remissão Hb 9:22b. Ao citar e defender a literalidade desta afirmação, fatalmente você será taxado de radical e intolerante, e é neste momento que o servo(a) de Deus precisa manter a postura e confrontar os pecadores com as Escrituras. 
B) Não se pode atribuir um único significado para o texto. Vivemos em uma época plural, e exatamente, por isso, a ideologia é de que se deve evitar de todas as maneira ter um único alvo como padrão a ser seguido. Daí a razão para afirmarmos que o deus permitido no pós-modernismo não é o Deus da Bíblia, exatamente porque a idéia dos nossos dias é a de um deus permissivo, ao passo que a Palavra nos apresenta outra realidade como podemos observar: “Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça  Is 59:2. Mas talvez alguém diga: Este é um texto do Antigo Testamento! Vamos ao Novo: “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” Mt 25:41.  Devido a uma leitura superficial ou tendenciosa do texto, muitos são levados a uma vaga idéia de espiritualidade. Este é o motivo pelo qual a nossa reivindicação é de que a Bíblia é a Palavra de Deus para todos. Com isto, estamos afirmando que não cabe ao homem fazer leituras subjetivas e tendenciosas das Escrituras, mas aplicar o ensino bíblico no coração por ser esta a vontade de Deus.
C) Não há regras. Assisti certa vez a um filme onde apostadores inveterados recrutaram um grupo de pessoas que tiveram como desafio procurar um suposto tesouro perdido, e antes da largada para a busca pelo tesouro, o líder da façanha disse: Não existem regras! Assim eles ficaram assistindo por um telão como cada um agia para alcançar seus objetivos. É exatamente assim que vive a sociedade pós-moderna, aliás, alegam que uma estrutura de pensamento conveniente foi planejado para oprimir aqueles que não estão no poder e, sendo assim,  cada cultura deve estabelecer a sua própria verdade. Lembra-se da celebre indagação de Pilatos? “Que é a verdade”? Jo 18.38. A questão é que quando a verdade é negada, o que prevalece é a terapia, isto é, todas as questões acabam girando em torno do eu, ou seja, haverá sempre uma tentativa de elevar a auto-estima. Por isso, palavras como "pecado" são rejeitadas sob a alegação de serem opressivas e prejudiciais à auto-estima. Portanto, compete a cada indivíduo fazer a sua própria leitura e interpretação do que entende ser verdade e ser crida e obedecida.
Sendo um ramo fiel da igreja de Cristo, compete à Igreja Presbiteriana Conservadora manter a firme posição de que a nossa reivindicação não é pregar uma verdade entre muitas, mas como disse Francis Schaeffer: “A igreja cristã deve lutar pela verdade verdadeira”. Louvamos ao Senhor porque nestes 73 anos da seara conservadora temos nos mantido firmes na observação das Escrituras.
Pastor Givaldo Santana

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