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9.11-12 Toda construção a olho nu está isenta de reprovação, até
o momento em que ela passa pelo crivo do prumo, ai sim, ficará evidente a sua
real condição. O Senhor levanta Amós como profeta para denunciar os pecados do povo
de Israel. Como boca de Deus, o profeta Amós precisava ser corajoso para
confrontar o povo com as suas falhas.
O sistema capitalista tem
sempre a mesma estrutura, ou seja, exploradores e explorados. Amós vai
registrar que o povo de Israel cresceu do ponto de vista econômico e militar, mas
esta nação teria crescido também na injustiça social (Cf. 4.1). O profeta
movido pelo grande senso de justiça social fará discursos inflamados sob a
alegação de que tal prática consiste em pecado contra Deus. Aqueles que diziam
ser tementes a Deus não mediam esforços para oprimir e humilhar os seus irmãos.
Este não era o único pecado que fazia parte do cotidiano da nação de Israel.
Amós denuncia também a imoralidade (2.7), o que é apontado pelo profeta como um
escândalo, uma vez que este povo teria sido posto pelo Senhor como sacerdote
perante as nações. Outro problema apontado foi a alta cobrança de impostos
(5.11). Os governantes tiravam tudo que podiam do povo para ostentar regalias e
isso também é apontado como ato pecaminoso. Outro erro cometido por Israel era
a rejeição aos mensageiros de Deus (Cf. 2.12), aliás, este estado caótico se
devia justamente à recusa em ouvir a voz do Senhor por meio dos seus arautos.
Por estes aspectos mencionados
foi que Deus avaliou Israel com o seu prumo e o reprovou. Diante de uma geração
com problemas tão graves, podemos afirmar que ao longo da história Deus sempre
foi servido em conservar um grupo, ainda que pequeno, da corrupção que o rodeava.
Numa seqüência de três abordagens veremos a providência tomada pelo Senhor em
relação a Israel.
Quando
Deus
é Senhor não só da história, mas também do tempo. “Naquele dia tornarei a
levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a
levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade” 9:11. Se
Amós vem falando até aqui de justiça e juízo, agora ele vai falar daquilo que
mais agrada ao Senhor que é renovação e restauração. “Naquele dia”. Encontramos
nesta expressão a renovação da esperança. É importante destacar que Amós citará
esta expressão em outros momentos indicando juízo (Cf.2:16), mas aqui a idéia é
de restauração e esperança.
Vale lembrar que o Senhor da aliança havia
feito promessas aos patriarcas, mas como o Senhor não compartilha com vida de
pecados, Ele vai restaurar o transgressor como parte da promessa e em seguida
derramará as suas bênçãos. A ideia é de que o Senhor pesará a mão sobre os desobedientes,
mas levantará um restaurador para resgatar alguns da condição de miséria e pecado.
Neste sentido temos como base o termo: “levatarei”
Deus na sua misericórdia restauraria a tenda caída. A promessa aqui é de restauração
e transformação, tanto do ponto de vista físico, como espiritual. (Continua)
Pastor Givaldo
Santana
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