Encontro de Jovens Presidente Prudente

Dias 7 e 8 de Setembro em Presidente Prudente

Encontro de Jovens em Palmares Paulista

Realizado nos dias 7, 8 e 9 o encontro reuniu várias pessoas do Presbitério Oeste Paulista

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Programação Especial em Palmares Paulista

Trabalho organizado pelos juvenis da IPC de Palmares, confira mais informações!

Salmo 19.1

"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos."

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Cristo, o resgate do elo quebrado

Gn 3.15; Jo 19:30 No momento em que Deus olhou para a criação, após a sua conclusão disse: “e eis que era muito bom”(Gn 1.31). Esta expressão descreve aquilo que os teólogos chamam de (SHALON), ou perfeita harmonia, a perfeição de tudo aquilo que Deus criou apenas com a palavra do seu poder. Mas veio a desobediência de Adão e Eva e com ela a queda da humanidade. Isto significa que aquela comunhão existente entre Deus e o homem, agora está interrompida, as bênçãos cessaram, porque a aliança foi quebrada, porque os nossos pais deram ouvidos a Satanás e ignoraram as recomendações do Senhor. Todavia, o Diabo não sairia vitorioso naquele embate, pois, logo Deus apresentaria a solução para resgatar o homem agora em pecado, do seu estado de perdição. Então vem à promessa do messias conforme veremos. A promessa – Por um breve instante Satanás se dá como vitorioso, ao seduzir Adão e Eva. Os nossos pais quebraram a aliança ao deixarem que a dúvida brotasse no coração (Gn 3.1). Não obstante, logo o Criador apresentaria a solução (Gn 3.15). O profeta Isaias apresentará Cristo como o príncipe da paz: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). Isto equivale a dizer que se pelo pecado se estabeleceu o caos na obra criada por Deus, Cristo viria para restabelecer a ordem. Pense em uma banda de música desafinada e que passa pelas mãos de um músico profissional, é isso que o apóstolo Paulo vai enfatizar: “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor” (Rm5:21). O cumprimento parcial – A palavra vai dizer que: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos ” (Gl 4:4-5). O messias tão esperado veio e agora lá na cruz do calvário ele vai exclamar: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”(Jo 19:30). Se Cristo apenas morresse na cruz a situação da humanidade não estaria resolvida. Aliás, ele seria apenas mais um a morrer naquelas condições. Os opositores religiosos entenderam que era um problema a menos para eles, até colocaram guardas para se certificarem de que o serviço tinha sido bem feito, e de que uma pedra estava posta sobre aquele assunto, pois corria um boato de que Cristo ressuscitaria. O diabo nem queria que Cristo fosse para a cruz, mas já que foi, o mais importante é que ele agora está morto. No entanto, o fato de Cristo ter descido ao hades, apenas fazia parte do propósito de Deus. A confirmação- Para surpresa até dos discípulos, Cristo ressuscitou: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.” (Mt 28.6). A justiça de Deus precisava ser satisfeita e nós éramos incapazes de pagar pelo preço da desobediência, razão pela qual Cristo foi para a cruz por mim e por você. Mas é importante ressaltar que não bastava Cristo ter morrido, pois o cumprimento da promessa veio quando Cristo ressurgiu dentre os mortos, provando a sua superioridade: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo” (I Co 15.55-57). O fato de Cristo ter vindo, morrido em uma cruz e ressurgido ao terceiro dia, declarou com maestria a derrocada de satanás. Devido à queda do homem, Deus, pelo seu imenso amor, enviou seu filho unigênito para perdão dos nossos pecados. Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro! Este natal que celebro aqui não é o natal de troca de presentes e mesa farta, pelo contrário, celebro o amor de Deus que chegou a ponto de enviar seu filho para sofrer na cruz por mim e por você. Portanto, esta é uma ocasião em que você deve refletir sobre a razão pela qual Cristo veio. Ou seja, levar você a uma vida de obediência a Deus. 
Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Determinação

Mt 9.1-8 A determinação é vital para que uma pessoa alcance o seu objetivo, do contrário, ela não passará de uma eterna sonhadora, aliás, não é muito difícil nos depararmos com pessoas que vivem a lamentar: Ah se eu fizesse! Ah se eu fosse! No geral são pessoas sem atitude e que apenas vibram pelo sucesso do outro mas, quando o assunto é experiência pessoal, contam o que seriam hoje se em determinado momento de suas vidas tivessem tomado atitude para alcançar a meta desejada. O texto em questão narra a respeito de quatro homens determinados a alcançar um objetivo, que é conduzir o homem paralítico até a presença de Cristo, mas para isto eles se depararão com algumas situações conforme veremos no desenrolar da narrativa. Os obstáculos v, 2 – Um poeta afirmou certa vez que o rio cumpre seu objetivo porque aprendeu a contornar os obstáculos. O texto nos diz: “Eis que trouxeram um paralítico deitado num leito”. Aparentemente não vemos qualquer dificuldade se não fossem as multidões descritas no verso 8. Ao ler este texto me veio à mente o metrô de São Paulo em horário de pico. Que sufoco! Mas eles estavam determinados a alcançar o objetivo, razão que vai levá-los a tomar uma atitude extrema, isto é, descerão aquele homem pelo telhado. Que determinação! Não é verdade que algumas pessoas desistem por bem menos? Mas, aquele esforço todo estava prestes a ser compensado como segue. Vendo-lhes a fé v, 2 – Se eles não tivessem a convicção de que em Cristo estava a solução para aquele homem, de modo algum teriam aplicado tamanho esforço, e como resultado vem o reconhecimento de Cristo que, diante da situação, dedica agora especial atenção para aqueles homens, pois Mateus afirma que Cristo reconhece a confiança deles e declara: “Tende bom ânimo” ou “coragem filho”, em outras palavras: Chegou a hora de ter o esforço recompensado. Como já afirmei em outros momentos, nenhum dos milagres operados por Cristo tinha um fim em si mesmo, e não poderia ser diferente aqui, pois Cristo está prestes a fazer uma declaração que levaria a multidão a exaltar o nome do Pai: “Estão perdoados os teus pecados”. Não entraremos no mérito aqui se aquela paralisia teria sido resultado de pecado, porque os evangelistas não nos dão qualquer margem para isto, mas o que é relevante aqui é que, tanto a alma, quanto o corpo daquele homem serão sarados. Aquele ato de Cristo deveria resultar em exaltação de todos os presentes a uma só voz ao nome do Senhor, certo? Deveria, mas não é o que acontece, conforme veremos no próximo ponto. A religiosidade v, 3 – Os escribas que ali estavam declararam: “Este blasfema”, pelo raciocínio lógico dos escribas, a conclusiva estava certa, pois eles disseram: “Quem, senão unicamente Deus, pode perdoar pecados?” Você concorda que a afirmativa deles é correta? Porém, o erro está em não verem em Cristo a personificação do Pai, se assim o fizessem teriam prontamente concluído que Cristo tinha total autoridade para proferir aquelas palavras. Eis a razão que levará Cristo a declarar: “Levanta-te, tome o seu leito e vá para casa”. Se pelo primeiro ato eles poderiam taxar Cristo de blasfemo e leviano, agora não tinham muito o que argumentar, pois o extraordinário aconteceu diante de todos os presentes. Mesmo com a incredulidade dos escribas, o Senhor Jesus ratifica a autoridade recebida do Pai. Por fim, veremos duas reações inusitadas: A primeira delas é a reação da multidão:” A multidão possuída de temor” v, 8. A idéia aqui é de assombro ou medo. É provável que eles não estavam preparados para contemplar tamanha maravilha, mas o fato é que reconheceram que Cristo de fato possuía autoridade, Contrário àqueles que o acusavam. Aquele acontecimento não poderia resultar em outra reação por parte da multidão: “Glorificaram a Deus” v, 8. Aqui está sem dúvida alguma, o que teria levado Cristo a operar aquele milagre, o que foi curado, seus companheiros e a multidão não viram outra alternativa senão exaltar a Deus. E quanto aos escribas? Textos posteriores nos mostram que eles continuaram presos aos seus dogmas. E quanto a você, assim como aqueles homens, está determinado (a) a ver o agir de Deus? Pastor Givaldo Santana

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Convidamos você para ouvir a Cantana NOITE DE PAZ Sábado dia 22 de dezembro, às 20H Av. Ibrain Nobre, 1360. Pq. Furquim

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Quem é este?



 Mt. 8.23-28 - Quem pode com a fúria da natureza? No dia 11 de março de 2011, uma sexta-feira, o Japão começava a viver uma das maiores tragédias de sua história. A costa nordeste japonesa sentiu o terremoto de magnitude 9 ocorrido na região. O sismo foi o quinto mais forte já registrado na história daquela nação asiática, se não bastasse, o tremor ainda causou um tsunami que varreu a costa japonesa, totalizando 15.853 mortos além de milhares de desabrigados. Segundo a imprensa, os japoneses construíram muralhas de ferro por já estarem esperando eventos daquela natureza, mas fato é que a natureza teve mais força.

     Mateus vai registrar que Jesus vem realizando uma série de atividades, até que finalmente ele diz: “Passemos para a outra margem”. Jesus naturalmente estava exausto, pois o texto diz: “Entretanto, Jesus dormia”. Farei aqui um recorte do acorrido.  

A) Enfrentam a tempestade – “E eis que no mar se levantou uma tempestade,” v, 24. Por causa da temperatura mais quente da superfície do lago, cerca de 210 metros abaixo do nível do mar, e do ar mais frio nas montanhas vizinhas, às vezes fortes ventos precipitam-se e criam repentinos vendavais no lago. Você já consegue fazer aqui um link com o seu cotidiano? Vamos ver o próximo passo.

B) Clamam por socorro -  “SENHOR, salva-nos! que perecemos” v, 25. Vale lembrar que Jesus está cercado por marujos experientes. Sem dúvida, já passaram por outras tempestades. Mas, desta vez, chegam ao fim dos seus recursos e, por isso, clamam: Salva-nos, porque vamos morrer afogados! Como você tem reagido em meio às tempestades da vida? Diante da reação dos discípulos Jesus age.

C) São advertidos – “E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé?”v, 26a. ‘Por que sois tão medrosos? Não tendes ainda nenhuma fé?’ Você ousaria fazer críticas aos discípulos? Penso que não, até porque, muitas vezes agimos de maneira muito mais desesperadora. Vale destacar que a intervenção de Deus nunca será para nos poupar das tempestades, mas em meios aos Tsunamis da vida ele manifestará o seu poder. Veremos agora a medida tomada por Cristo diante do caos instalado.

D) São surpreendidos- “Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.” v, 26b. Jesus ordena ao vento e ao mar: ‘Silêncio! Calai-vos!’ A grande dificuldade que vejo na vida de algumas pessoas é que elas focam tanto os olhos nas tempestades ao ponto de deixar de enxergar que existe alguém capaz de fazer instalar a bonança. É importante destacar que não existe aflição que o Senhor não possa intervir e mudar a sorte daqueles que a ele clamam. Vamos agora ao desfecho da narrativa.

E) Ficam maravilhados – “E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”v, 27 Quem é realmente este homem? A esta altura o discípulos já tinham visto Cristo operando milagres, mas aquela situação foi demais para eles, imagine você que como pescadores alguns daqueles homens já deviam ter ouvido falar de naufrágios na região, mas eles entrarão para a história como aqueles cuja tempestade revolta não foi capaz de levar o barco ao naufrágio. 

Você já é capaz de fazer uma aplicação do texto na sua vida? Vamos à aplicação.

Jesus adverte para que os seus discípulos não coloquem os seus olhos no gigantismo dos problemas, mas sim, que atentem para aquele que pode intervir. Lembre-se que a tempestade não tem duração permanente: “E fez-se grande bonança” v, 26c mas o ponto em questão é: Qual será a sua condição após ter passado a tempestade? Por isso é fundamental ressaltar que uma igreja vibrante e transformadora não deve desesperar-se, mesmo diante das tempestades, até porque, o Supremo comandante detém o controle de nossa embarcação.

Pastor Givaldo Santana

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O Servo Sofredor




 Mt 8. 14-7; At 8.32-34

Como já afirmamos todos os milagres operados por Cristo, tinham sempre uma aplicação de natureza espiritual e eterna. Mateus fará um link de todos os milagres com o relato do profeta Isaías que viveu cerca de 700 anos antes de Cristo. Um aspecto relevante aqui é definir quem é o Servo Sofredor a quem se refere Isaías e, qual a sua importância. 
  Durante muito tempo os rabinos defendiam que este Servo Sofredor seria a nação de Israel, até por que, não se concebia a idéia de um messias prostrado, mas sim, forte e triunfalista, com força política suficiente para arrancar os judeus das garras do julgo romano.
           
Quanto aos teólogos, porém, não resta dúvida de que Isaías refere-se de fato ao Messias. Mas, quais as características do Servo Sofredor? Veremos isto através de três pontos: 
            A)  Porque Ele se submeteu à vontade do Pai. “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca;” Is 53:7a. “Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra ti?  14 E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito maravilhado.” Mt 27:13-14.  Observe que a vontade de Deus em relação ao seu servo foi que ele sofresse no cumprimento de sua missão. Numa primeira análise isso parece algo cruel e terrível, mas quando perguntamos da razão deste sofrimento ficamos maravilhados com a manifestação de amor, tanto do Pai, quanto do Filho. Sim, ele foi esmagado por causa dos nossos pecados. Jesus foi esmagado porque nos substituiu no sofrimento que estava reservado para nós.

B) Porque Ele se submeteu à vontade do Pai mesmo quando isto lhe exigiu sacrifício. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Is 53:5 . “ E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. Fl. 2:8.   Ele foi entregue como oferta pelos nossos pecados. Muitas vezes quando uma pessoa ofende outra, e que o ofensor reconhece e pede desculpas, o ofendido diz: Vamos passar uma borracha nisso! Mas em relação a Deus isto simplesmente não existe, sobre tudo, porque a sua justiça precisa ser satisfeita. Isto explica a vinda de Cisto.  A dívida era nossa e, por isso, nós deveríamos ser condenados, todavia, o Redentor sofreu morte vergonhosa e dolorida por nós.

C) Ele conhecia a sua missão e estava seguro. “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Is 53:3”. Observe que a submissão que o servo Jesus revelou era conseqüência direta de seu conhecimento a respeito da pessoa e do caráter de Deus. Ele estava seguro em sua tarefa e, suas convicções e certezas, o ajudaram a caminhar e suportar sua cruz”. “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!  38 Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta; 39 Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor”. Mt 23:37-39. Ele justificou a muitos. A submissão do Filho ao Pai foi crucial para que fôssemos justificados, até porque, não faltaram oportunidades para que Cristo voltasse atrás (Ex. cf. Mt. 4. A tentação), mas Cristo estava focado em seu propósito e exatamente, por este motivo, ele levou sobre os seus ombros as nossas iniqüidades. E por iniqüidade se quer dizer: A transgressão da Lei, aquilo que não se ajusta ao padrão de excelência moral de Deus. De acordo com a descrição do profeta Isaías o castigo do pecado é removido pela substituição, pois Cristo morreu em nosso lugar.
  
  A relação que Mateus faz entre os milagres operados por Cristo, e a profecia de Isaías faz todo o sentido. Se as mazelas que oprimem a humanidade vieram como conseqüência do pecado, Cristo vem, por sua vez, redimir a criação de Deus por meio da morte vicária. Só através de Cristo o pecador pode obter o pleno perdão, apenas por meio dele se estabelecerá a paz, ou a perfeita  harmonia que o pecado comprometeu. 
Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A relevância da Reforma Protestante para os nossos dias



"Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos falaram a palavra de Deus, e, atentando para o êxito da sua carreira, imitai-lhes a fé. Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Hebreus 13.7-8
    
 No dia 31 de Outubro de 1517, o monge Martinho Lutero afixou na porta do castelo de Wittemberg as 95 teses contrapondo o pensamento dos teólogos católicos, estas teses tratavam de assuntos tais como: penitência, indulgências e a salvação pela fé. Com aquele ato de ousadia Lutero não sabia, mas iniciava a partir dali o que passaria a ser chamado de Reforma Protestante, movimento este de onde posteriormente veio a igreja evangélica e que, por sua vez, representa um marco para a volta às sãs doutrinas. Neste ano completa-se 495 anos da Reforma Protestante, surgindo as seguintes perguntas:
    
 1. O que foi a reforma protestante? Algumas pessoas no meio da igreja questionam essas comemorações e até chegam a contestar a lembrança da Reforma, sob o seguinte argumento: para que considerar o que aconteceu há quase 500 anos? E continuam: o passado não tem nada a nos ensinar. Ainda dentro desta perspectiva se enfatiza que deveríamos investir tempo na unidade e não em um movimento que trouxe o cisma ao cristianismo. Não resta dúvida de que este tipo de argumento tem como objetivo retirar da Reforma Protestante o seu devido valor, que foi a chamada de volta para a forma instituída por Cristo e perpetuada pelos apóstolos.
    
 2. Quem foram os reformadores? Simplesmente homens desejosos por uma volta às Escrituras. Assim como os pré-reformadores e reformadores lutaram para enfatizar a centralidade da Palavra de Deus, temos como grande atribuição hoje pregar o absoluto em uma época de relativos. No tocante ao valor das Escrituras John Wyclif afirmou: “A verdadeira autoridade emana da Bíblia, que contém o suficiente para governar o mundo”, para os reformadores nada e nem ninguém possuía valor maior ou igual às Escrituras.
    
 3. O que desejavam os reformadores? Podemos dizer que a doutrina comum e fundamental  sustentada  pelos  três  grandes  reformadores –
Lutero, Zwinglio e Calvino - apresenta resumidamente três dimensões: A) justificação pela fé, B) O sacerdócio universal dos fiéis, C) O conceito da Soberania de Deus.
    
 Este pendão levantado por aqueles corajosos homens não pode simplesmente cair no esquecimento e ainda assim afirmarmos que somos igreja reformada, aliás, penso que a igreja dos nossos dias precisa de uma nova reforma, pois paulatinamente ela vem esquecendo do seu papel na sociedade. 
    
 “Lembrai-vos dos vossos guias” é o desafio feito pelo autor aos Hebreus. Você é capaz de reconhecer a importância de batalhar pela fé uma vez dada aos santos, a ponto de combater os erros, mesmo sabendo que encontrará ferrenha oposição? Vamos trazer à memória a intrepidez daqueles servos de Deus que impelidos por esta fé e graça, ousaram denunciar o distanciamento de Deus e da necessidade de voltarmos às Escrituras.

Pastor Givaldo Santana 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cristo, milagreiro ou operador de milagres?



Mt  8.1-4 Durante o seu ministério terreno Cristo operou muitos milagres, fazendo cego enxergar, paralitico andar, e até trazendo mortos de volta à vida. O mais maravilhoso é que todos estes atos sobrenaturais não eram precedidos por anúncios, estabelecendo dia e  hora como se fosse um grande espetáculo para multidão, pelo contrário, tudo acontecia naturalmente e Cristo sempre procurava fazer algum tipo de aplicação de ordem espiritual para que o milagre não tivesse um fim em si mesmo, por exemplo, quando ele ressuscitou o seu amigo Lazaro proferiu: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá”. Que fantástico! Havia religiosos no entorno de Cristo que negava a doutrina da ressurreição e ali estava uma grande oportunidade para ele ensinar a respeito desta importante doutrina.
                Como afirmei anteriormente não havia obra realizada por Jesus sem um propósito definido ou a aplicação de um ensinamento. Vamos ao texto.  Nos tempos bíblicos a lepra não tinha cura e excluía o portador da doença do convívio social e litúrgico. Exclusão Social porque deixava o indivíduo contaminado com um aspecto deplorável, pois a doença comia os dedos além de deixar a pele com um aspecto nada agradável e, ainda a pessoa desenvolvia um mau hálito, por ter a sua laringe afetada, o que também levada às demais pessoas a agir com bastante repulsa. Já em relação ao aspecto religioso, a lei mosaica era muito clara em impedir estas pessoas de prestar culto sobre tudo por serem julgadas impuras e, por tanto, não deveriam juntar-se aos demais para o culto litúrgico. Sendo a lepra uma doença incurável, estava o leproso fadado ao isolamento até a morte. Porém, a história de um leproso estava prestes a ganhar um rumo diferente. Para aqueles que estavam à sua volta não lhe restava mais nada, a não ser o avanço da doença comendo a carne como um cupim faz com a madeira, mas Cristo estava prestes a dar outro rumo para a história daquele homem.  
                Se quiseres podes”. Aquele leproso reconhece o poder de Cristo.  Apalavra grega para poder é "DUNAMIS", donde veio a palavra dínamo, que produz energia, força, poder, dinamiza, impulsiona. Certamente aquele leproso já tinha ouvido testemunhos a respeito de Cristo e viu nele a solução para a sua vida de sofrimento. Que confiança!  Diante de tamanha convicção o Senhor Jesus de imediato libera a bênção para aquele homem leproso que, penso eu, já tinha até perdido a capacidade de sonhar. Jesus diz: “Quero, fica limpo”. Que maravilha! Você consegue dimensionar o grau de satisfação deste homem? Mas como já foi dito, o milagre não tinha um fim em si mesmo, daí vem a sua aplicação.
 Não o digas a ninguém”. Porque Cristo faz esta recomendação? Explico! A acusação dos escribas e fariseus era justamente de que Cristo negava os ensinamentos de Moisés, mas aqui está um aspecto importante, caso aquele homem anunciasse a todos que o milagre fora operado por Jesus, os sacerdotes poderiam negar a cura de algum modo e, com isso, Cristo cairia em descrédito, mas em contra partida, caso eles comprovassem que aquele leproso realmente tinha sido curado, ficariam claro duas coisas: Aquele era de fato o enviado do SENHOR e mais, ele não desprezava o Pentateuco, uma vez que em Levítico 13.2-3 determina que somente o sacerdote poderia examinar o leproso para averiguar se ele poderia ou não voltar para o convívio social. O fato é que se eles reconhecessem antes, ao saberem que foi Cristo quem operou o milagre não poderiam mais ir contra, pois corriam o risco de serem taxados de infratores da Lei, daí a recomendação para que o leproso não falasse inicialmente nada, mas logo em seguida Cristo diz: “Para servir de testemunho ao povo”.  Ou seja, todos sabiam que ninguém poderia operar milagres se não fosse da parte de Deus, e muito mais força teria aquele que fosse visto como um observador da lei de Moisés e, em relação a Cristo ficaria evidente que ele não era um charlatão conforme o acusavam os seus opositores.
                Muito embora Cristo não seja um curandeiro, ele continua manifestando o seu poder na vida daqueles que nele confiam. Naquela oportunidade o seu objetivo era provar que era de fato o ungido do SENHOR, e hoje? Sem dia e hora marcada continua mostrando o seu poder, curando e salvando vidas. É importante lembrar que o poder não está na igreja ou no pastor, mas em Deus que cumpre os seus santos propósitos onde e quando quer.
Pastor Givaldo Santana

terça-feira, 9 de outubro de 2012

OS DOIS FUNDAMENTOS










 
 Mt 7.15-23    O ano de 1998 foi trágico para cerca de 22 famílias que moravam no Palace II na Barra da Tijuca, quando aquele edifício veio ao chão, matando algumas pessoas, além de deixar dezenas de desabrigados.   A perícia comprovou que a construção foi mal feita, além de ter sido edificada com material inapropriado. Qualquer pessoa por mais leiga que seja tem total consciência da importância que é construir a casa sobre uma boa fundação. Aliás, aqueles que desprezam este princípio elementar, correm o risco de no mínimo ter uma casa repleta de rachaduras. Jesus conhecia este princípio simples e, por isso, contará uma ilustração em paralelo para descrever as condições dos dois tipos de ouvintes.
Qual a sua estrutura e, onde ela está edificada? Você poderá responder após identificar-se com um dos dois ouvintes aqui apresentados. De acordo com o argumento de Cristo, a Palavra pregada inevitavelmente arrancará uma resposta por parte dos ouvintes, seja através da pronta resposta, ou pela indiferença. Ao contar esta ilustração Cristo está naturalmente ressaltando o profeta Isaias que diz: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei cf. Is 55:11. O que mais motiva o pregador é justamente a convicção de que a Palavra pregada sempre cumprirá os propósitos de Deus na vida do pecador, salvando ou condenando-o.
O primeiro a ser mencionando é o prudente, para Cristo este personagem não só é um acurado ouvinte, como também se configurará em um excelente praticante daquilo que ouve, aliás, ele será comparado à uma casa muito bem estruturada, além de estar edificada em um terreno compacto. A esta altura Cristo fala a respeito daquele tipo de ouvinte cujo coração está voltado para Deus e a Sua Palavra. É aquele tipo de ouvinte que não pensa duas vezes antes de confiar ao Senhor o timão de sua vida, por entender que está em Deus a resposta que ele necessita para os anseios da sua alma, bem como o navegar tranqüilo na certeza de que está seguindo na direção certa. Quando a base da nossa confiança está firmada em Deus não há razão para temer a tempestade e muitos menos ao mar bravio.    
O segundo a ser destacado por Cristo é a figura do insensato. Este é apontado com uma postura completamente oposta em relação ao anterior, muito embora também seja indicado como ouvinte, apresentará uma reação de indiferença, é como aquela pessoa que pára o seu veículo na vaga para deficientes e é alertado, mas fecha a porta do carro e continua andando como se não fosse com ela. Usando o ditado popular nós diríamos: “Entra por um ouvido e sai por outro”.  Quando Jesus afirma que o insensato não pratica a palavra que ouve, na verdade, pontua que este tipo de ouvinte julga a Palavra como algo que não tem o menor valor para a sua vida e, como conseqüência, esta pessoa terá como estilo de vida uma conduta completamente reprovável perante Deus, pois se configurará como uma amante do sistema imposto por satanás, que é a rebelião contra Deus e a sua Palavra. Portanto, o erro, a hipocrisia e a mentira, dentre outras tendências pecaminosas, farão parte do cotidiano destas pessoas.   Exatamente por esta razão Cristo dirá que tal casa não suportará a tempestade que lhe sobrevier, aliás, como o seu fundamento é oco, a sua queda se torna só uma questão de tempo.
Você já pode responder qual a sua estrutura e, onde ela está edificada? Cristo não utiliza aqui meio termo, portanto, compete a você posicionar-se de um dos lados. Qual é a resposta que você tem dado aos apelos da Palavra de Deus? De acordo com o texto não basta que você seja apenas um bom ouvinte, mas faz-se necessário que você prove que entendeu muito bem a mensagem transmitida através de uma vida de obediência a Deus.

Pastor Givaldo Santana

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Qual o caminho a percorrer?



Mt 7.13-23  Existe um ditado popular afirmando que a verdade dói, mas deve ser dita, porém, a questão é: Quantos estão dispostos a dizer e quantos se dispõem a ouvir a verdade? No texto em questão o Senhor Jesus fez algumas afirmações e acusações que encontrou resistência nos seus dias, assim como todo pregador que se propõe a anunciar este tipo de mensagem se tornaria impopular ao anunciá-la hoje.
Jesus apresenta aqui a entrada no reino como sendo algo interessante e ao mesmo tempo difícil. Aqueles que conseguem entrar se deparam com pontos favoráveis por entrarem na presença de Deus e, desfavoráveis por se depararem com a hostilidade de uma humanidade que rejeita na prática o seu criador e a oferta de salvação. De um modo bem prático ele descreverá a idéia de dois transeuntes como maneira de distinguir aqueles que agradam, daqueles aqueles que desagradam a Deus.  Vale ressaltar que ele não fala aqui como um avivalista que apresenta a aquisição da salvação como se fosse uma simples mudança de hábito, pelo contrário, para ele a porta é estreita, precisa ser encontrada e o caminho que liga a ela é apertado. Como afirmei anteriormente, o discurso de Cristo aqui nem de longe é agradável para este mundo depravado.
O texto em questão trata de duas portas, dois caminhos, dois transeuntes, dois destinos. Cristo inicia a sua fala afirmando que: A Porta é estreita, e o cominho apertado v, 13. Devido a este grau de dificuldade, poucos conseguem adentrar o reino. A idéia aqui é a de uma catraca em que só pode passar uma pessoa por vez. Esta situação deve-se ao fato de que existe um preço a pagar, a exemplo de abnegação e obediência, mas poucos estão realmente dispostos.
Na seqüência, Cristo apresenta o oposto: Porta larga, caminho espaçoso v, 14 para Cristo este tipo de situação é sobremaneira muito mais atraente e exatamente por isso, muitos a desejam e seguem. A idéia desta vez é a de uma passagem ampla em que uma multidão pode passar de uma só vez. Neste particular Cristo descreve a Inclinação natural para a natureza pecaminosa. É como se o próprio diabo desse a largada e dissesse: Corram o tanto que vocês quiserem. Mas na seqüência vem uma advertência: Acautelai-vos v, 15, uma tradução literal seria: “mantenha a sua mente fora”, ou seja, não se deixem enganar pelos Pseudo-pregadores que apenas proclamam as suas próprias mentiras.  Aliás, a advertência é justamente de que aqueles que se deixam enganar ouvirão da parte do Senhor da igreja: “E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade v, 23.  
Qual o caminho você tem percorrido? Por qual porta você pretende entrar? É de fundamental importância que o diabo não ludibrie o teu coração, a ponto de você achar que agrada a Deus pelo simples fato de ter uma religião ou freqüentar uma igreja, pelo contrário, Cristo deixa claro que é preciso rejeitar o caminho de facilidades. O diabo normalmente nos seduz a acreditar que podemos viver em conformidade com a inclinação pecaminosa do coração e pensarmos que o Deus de justiça um dia nos receberá de braços abertos. Como está a sua vida perante Deus?  
Pastor Givaldo Santana