Mt 7.15-23 O ano de 1998 foi
trágico para cerca de 22 famílias que moravam no Palace II na Barra da Tijuca,
quando aquele edifício veio ao chão, matando algumas pessoas, além de deixar
dezenas de desabrigados. A perícia comprovou
que a construção foi mal feita, além de ter sido edificada com material inapropriado.
Qualquer pessoa por mais leiga que seja tem total consciência da importância
que é construir a casa sobre uma boa fundação. Aliás, aqueles que desprezam este
princípio elementar, correm o risco de no mínimo ter uma casa repleta de
rachaduras. Jesus conhecia este princípio simples e, por isso, contará uma
ilustração em paralelo para descrever as condições dos dois tipos de ouvintes.
Qual a sua
estrutura e, onde ela está edificada? Você poderá responder após identificar-se
com um dos dois ouvintes aqui apresentados. De acordo com o argumento de Cristo,
a Palavra pregada inevitavelmente arrancará uma resposta por parte dos
ouvintes, seja através da pronta resposta, ou pela indiferença. Ao contar esta
ilustração Cristo está naturalmente ressaltando o profeta Isaias que diz: “Assim
será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o
que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” cf. Is 55:11. O que mais motiva o pregador
é justamente a convicção de que a Palavra pregada sempre cumprirá os propósitos
de Deus na vida do pecador, salvando ou condenando-o.
O primeiro a ser
mencionando é o prudente, para Cristo este personagem não só é um acurado
ouvinte, como também se configurará em um excelente praticante daquilo que
ouve, aliás, ele será comparado à uma casa muito bem estruturada, além de estar
edificada em um terreno compacto. A esta altura Cristo fala a respeito daquele
tipo de ouvinte cujo coração está voltado para Deus e a Sua Palavra. É aquele
tipo de ouvinte que não pensa duas vezes antes de confiar ao Senhor o timão de
sua vida, por entender que está em Deus a resposta que ele necessita para os
anseios da sua alma, bem como o navegar tranqüilo na certeza de que está
seguindo na direção certa. Quando a base da nossa confiança está firmada em
Deus não há razão para temer a tempestade e muitos menos ao mar bravio.
O segundo a ser
destacado por Cristo é a figura do insensato. Este é apontado com uma postura
completamente oposta em relação ao anterior, muito embora também seja indicado
como ouvinte, apresentará uma reação de indiferença, é como aquela pessoa que pára
o seu veículo na vaga para deficientes e é alertado, mas fecha a porta do carro
e continua andando como se não fosse com ela. Usando o ditado popular nós
diríamos: “Entra por um ouvido e sai por outro”. Quando Jesus afirma que o insensato não pratica
a palavra que ouve, na verdade, pontua que este tipo de ouvinte julga a Palavra
como algo que não tem o menor valor para a sua vida e, como conseqüência, esta
pessoa terá como estilo de vida uma conduta completamente reprovável perante
Deus, pois se configurará como uma amante do sistema imposto por satanás, que é
a rebelião contra Deus e a sua Palavra. Portanto, o erro, a hipocrisia e a
mentira, dentre outras tendências pecaminosas, farão parte do cotidiano destas
pessoas. Exatamente por esta razão
Cristo dirá que tal casa não suportará a tempestade que lhe sobrevier, aliás,
como o seu fundamento é oco, a sua queda se torna só uma questão de tempo.
Você já pode
responder qual a sua estrutura e, onde ela está edificada? Cristo não utiliza
aqui meio termo, portanto, compete a você posicionar-se de um dos lados. Qual é
a resposta que você tem dado aos apelos da Palavra de Deus? De acordo com o
texto não basta que você seja apenas um bom ouvinte, mas faz-se necessário que
você prove que entendeu muito bem a mensagem transmitida através de uma vida de
obediência a Deus.
Pastor
Givaldo Santana
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