terça-feira, 9 de outubro de 2012

OS DOIS FUNDAMENTOS










 
 Mt 7.15-23    O ano de 1998 foi trágico para cerca de 22 famílias que moravam no Palace II na Barra da Tijuca, quando aquele edifício veio ao chão, matando algumas pessoas, além de deixar dezenas de desabrigados.   A perícia comprovou que a construção foi mal feita, além de ter sido edificada com material inapropriado. Qualquer pessoa por mais leiga que seja tem total consciência da importância que é construir a casa sobre uma boa fundação. Aliás, aqueles que desprezam este princípio elementar, correm o risco de no mínimo ter uma casa repleta de rachaduras. Jesus conhecia este princípio simples e, por isso, contará uma ilustração em paralelo para descrever as condições dos dois tipos de ouvintes.
Qual a sua estrutura e, onde ela está edificada? Você poderá responder após identificar-se com um dos dois ouvintes aqui apresentados. De acordo com o argumento de Cristo, a Palavra pregada inevitavelmente arrancará uma resposta por parte dos ouvintes, seja através da pronta resposta, ou pela indiferença. Ao contar esta ilustração Cristo está naturalmente ressaltando o profeta Isaias que diz: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei cf. Is 55:11. O que mais motiva o pregador é justamente a convicção de que a Palavra pregada sempre cumprirá os propósitos de Deus na vida do pecador, salvando ou condenando-o.
O primeiro a ser mencionando é o prudente, para Cristo este personagem não só é um acurado ouvinte, como também se configurará em um excelente praticante daquilo que ouve, aliás, ele será comparado à uma casa muito bem estruturada, além de estar edificada em um terreno compacto. A esta altura Cristo fala a respeito daquele tipo de ouvinte cujo coração está voltado para Deus e a Sua Palavra. É aquele tipo de ouvinte que não pensa duas vezes antes de confiar ao Senhor o timão de sua vida, por entender que está em Deus a resposta que ele necessita para os anseios da sua alma, bem como o navegar tranqüilo na certeza de que está seguindo na direção certa. Quando a base da nossa confiança está firmada em Deus não há razão para temer a tempestade e muitos menos ao mar bravio.    
O segundo a ser destacado por Cristo é a figura do insensato. Este é apontado com uma postura completamente oposta em relação ao anterior, muito embora também seja indicado como ouvinte, apresentará uma reação de indiferença, é como aquela pessoa que pára o seu veículo na vaga para deficientes e é alertado, mas fecha a porta do carro e continua andando como se não fosse com ela. Usando o ditado popular nós diríamos: “Entra por um ouvido e sai por outro”.  Quando Jesus afirma que o insensato não pratica a palavra que ouve, na verdade, pontua que este tipo de ouvinte julga a Palavra como algo que não tem o menor valor para a sua vida e, como conseqüência, esta pessoa terá como estilo de vida uma conduta completamente reprovável perante Deus, pois se configurará como uma amante do sistema imposto por satanás, que é a rebelião contra Deus e a sua Palavra. Portanto, o erro, a hipocrisia e a mentira, dentre outras tendências pecaminosas, farão parte do cotidiano destas pessoas.   Exatamente por esta razão Cristo dirá que tal casa não suportará a tempestade que lhe sobrevier, aliás, como o seu fundamento é oco, a sua queda se torna só uma questão de tempo.
Você já pode responder qual a sua estrutura e, onde ela está edificada? Cristo não utiliza aqui meio termo, portanto, compete a você posicionar-se de um dos lados. Qual é a resposta que você tem dado aos apelos da Palavra de Deus? De acordo com o texto não basta que você seja apenas um bom ouvinte, mas faz-se necessário que você prove que entendeu muito bem a mensagem transmitida através de uma vida de obediência a Deus.

Pastor Givaldo Santana

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