Jr 10.14-21 A teologia declara que existe um ser superior e que este Ser é Deus. Não obstante, o texto sagrado nos aponta diferentes épocas e contextos onde a humanidade toma atitudes como se o homem detivesse o controle de todas as coisas, inclusive da sua própria vida. Toda esta problemática se deve à dureza de coração do homem, aliás, por esta razão, o SENHOR dirá por meio do profeta Ezequiel: “E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ez 11.19).
O texto em questão apontará a decadência da casa de Israel porque a sua liderança deu o mau exemplo conforme veremos ao examinarmos o texto:
I – A Cegueira – “Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento” v, 14. Antes mesmo de discorrermos sobre este aspecto é preciso lembrar que os versos 3 a 5 destacam a habilidade do artífice, sendo que Jeremias enfatizará o modo hábil como o mesmo manuseia a madeira o metal e o tecido. No final das contas o resultado é uma verdadeira obra de arte. Todavia, tudo caí por terra quando fica evidente que o propósito é reproduzir a divindade, e sendo esta a motivação, a bela obra de arte ganha a conotação de uma massa fria e inexpressiva, visto que, até o homem e o menor dos animais é capaz de respirar, coisa que não acontece com a obra do artífice.
II- A consequência– “A minha tenda está destruída, e todas as minhas cordas se romperam” v, 20. O lar é o seu porto seguro! Ao sair para trabalhar você não vê a hora de voltar para casa, ao viajar, por mais maravilhosa que seja o passeio em determinado moment, você ficará ansioso (a) para voltar ao seu lar. Você consegue imaginar o que é perder o teto da noite para o dia? Pois bem, Jeremias descreve aqui a ideia de nômades cujas tendas estão vulneráveis a ataques, sendo que os poucos que sobrevivem são levados como escravos. A mão do Senhor seria pesada sobre a casa de Israel como consequência da dureza de coração deste povo.
2.1- “ninguém há mais que estenda a minha tenda” v,20 - A desolação prevaleceria, todos seriam de modo abrupto arrancados de seus lugares e não teriam mais liberdade para entoar louvores ao Senhor em ajuntamento solene, pelo contrário, na condição de cativos seriam perseguidos e a angústia faria parte do cotidiano destas pessoas.
I
II – A estupidez – “Porque os pastores se embruteceram, e não buscaram ao SENHOR; por isso não prosperaram, e todos os seus rebanhos se espalharam.” V, 21. Vale destacar que estamos falando de um povo teocrático e, portanto, o termo “pastores” descreve não só líderes espirituais como governantes. Esperava-se que estes líderes agissem com sabedoria ao ponto de conduzir a casa de Israel de acordo com os estatutos do Senhor, todavia, a característica desta liderança é a estupidez. Esta última palavra terá o mesmo significado daquela mencionada pelo apóstolo Paulo em Gálatas: “insensatos” (idiotas), quando acusa a igreja de ter se afastado dos caminhos do Senhor. O fato é que o profeta Jeremias acusa a liderança de ter dado o mau exemplo a ponto de todo o povo ter caído na idolatria. De onde se esperava a sabedoria e os bons conselhos, veio a estupidez e o descaminho.
Você reconhece que há um só Deus e um só Senhor? Pois bem, a casa de Israel resolveu venerar as belas obras de artes feitas pelos artífices e os resultados foram mortes e cativeiro. O texto sagrado é claro ao afirmar que Deus não abre mão de sua glória, e que por esta razão, todo louvor e glória são devidos tão somente a ele.
Pastor Givaldo Santana
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