quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Assumindo uma postura diferente II



Jr 10.6-11 Um forte indicador de que você incorporou a cultura pagã é quando para você tudo passa a ser natural.  Por exemplo, em pleno domingo à tarde você liga a TV e toda a família se assenta para assistir na busca de entretenimento, após cinco minutos de programação, todos são bombardeados por gestos obsenos, bate papos capciosos e de duplo sentido, além de danças para lá de sensuais. O que você faz? Muda de canal ou diz: A televisão perdeu o pudor, onde já se viu? Mas, continua assistindo como se tudo fosse absolutamente natural.   
Desafiando a casa de Israel a apresentar uma postura diferente, Jeremias continuará a sua argumentação.

I- O SENHOR é incomparável v, 6 “Ninguém há semelhante a ti ó SENHOR”. É feito aqui um contraste entre o Senhor e os ídolos, Jeremias diz que sob os seus cuidados está o destino de todo homem: “Clamai, pois, o dia do SENHOR está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação” (Is 13.6).

1.1- Em grandeza “tu és grande” em essência e no agir. “Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.” Sl 126.3. O texto descreve a grandeza de Deus manifesta em forma de graça e misericórdia em favor de todos aqueles que nele depositam a esperança.   Se por um lado a condição dos ídolos é apontada como nula pela própria condição deles, em contra partida, vemos o Senhor se manifestando: “Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” Is 46:10. Em que lugar vemos baal ou moloque esboçando alguma ação? Pois é justamente para esta questão que o profeta Jeremias chamará a atenção da casa de Israel. 

1.2- Em poder “e grande o teu nome em poder”. As Escrituras nos apresentam este poder manifesto de duas maneiras, isto é, poder absoluto e poder ordenado. O primeiro consiste no fato de que ele pode todas as coisas sem restrições, já o segundo equivale a dizer que ele não fará absolutamente nada que contradiga a sua essência e que, portanto, esteja fora dos seus decretos. Quanto aos dois aspectos aqui mencionados Jesus disse: “Ou pensas tu que eu no poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? (poder absoluto) Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? (poder ordenado)” Mt 26:53. De modo que o ser e realizar de Deus não são aspectos excludentes, mas sim, que um completa o outro. Portanto, Jeremias destaca aqui O DEUS que na sua essência é poder e ao mesmo tempo enfatiza também o seu propósito de abençoar os pecadores.

II – A sua essência é diferente v, 10. Quando Jeremias descreve o deus dos gentios ele diz: “ensino de vaidade é o madeiro” v, 8, contudo, ao mencionar SENHOR da aliança ele aponta características inconfundíveis conforme destacaremos a seguir. 

2.1 – Ele é a verdade  v, 10 “Mas o Senhor é verdadeiramente Deus”. Jeremias o  contrasta expressamente com o deus dos gentios. O propósito de apontar a verdade como um atributo do Deus criador tem aqui um objetivo muito claro, que é o de levar a casa de Israel a crer nas promessas a ela feitas, sim, Jeremias quer deixar claro que não foi levantado pra pregar como resultado de uma boa ideia que alguém teve em determinando momento, mas sim, que foi levantado pelo único e verdadeiro Deus para anunciar a sua reprovação à postura tomada por aqueles que deveriam fazer a diferença, ao evidenciar um compromisso com a verdade.  

2.2 – Ele é vivo – Este é sem sombra de dúvida o ponto alto do discurso de Jeremias. Todo o esforço empregado pelo referido profeta consiste em fazer os seus ouvintes entender que apenas (אֱלֹהִ֔ים) Elohim  (Deus) é capaz de interagir, o que não ocorre com os deuses dos gentios. Portanto, por se tratar do Deus vivo, a casa de Israel é desafiada a depositar nele fé e esperança. O profeta desafia o povo a buscar na certeza da resposta, não se trata então de um monólogo, mas de ações, onde pecadores clamam e, Deus na sua graça inclina os seus santos ouvidos, a fim de manifestar misericórdia.  

2.3 – Ele é eterno – Um aspecto a ser mencionado aqui é que não encontraremos nas Escrituras nenhuma tentativa no propósito de provar que Deus existe, pelo contrário, os escritores sacros sempre partirão do pré-suposto de que ele existe, desta maneira, o esforço empregado consiste em testificar do seu Ser e agir. Se por um lado foi dito que os deuses dos gentios são idealizados por mortais e, portanto, têm início e fim, em contra partida, o Deus eterno será apontado como um ser transcendente, ou seja, não está limitado ao espaço e nem ao tempo. Esta conclusiva é de grande relevância para o mortal, pois, isso indica que o seu passado e presente não são desconhecidos do Deus eterno e que por esta razão, a ele pode ser confiado o futuro.  

Ao relatar a respeito da essência de Deus, o profeta Jeremias procura impactar a Casa de Israel, é como se ele mandasse pesar na balança os feitos do Deus de Israel com os feitos dos deuses dos gentios e, que não precisaria ir muito longe para se concluir que apenas o Deus eterno é digno de todo louvor e adoração.  Você não precisa de um deus para cada situação, pois o Deus vivo e eterno se propõe a suprir todas as tuas necessidade, para tanto, basta nele confiar. 
Pastor Givaldo Santana

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