segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Qual é o real valor da igreja?


Ef 5.25-27

Introdução 

Recentemente recebi um email com o título: IBGE: quase 1 milhão de evangélicos saem dos ‘templos’ por ano (Por Ákel Edin).  Segundo Edin todo o esforço da reforma caiu por terra. A podridão que tanto os reformadores condenaram ao propor a reforma protestante, está presente na igreja hoje. E, por isso, ele sugere a adesão de movimentos que estão presentes em diferentes países como: “‘Caminho da graça’ de Caio Fábio, e o ‘Show tem que parar’ do irmão Paulo, e as igrejas orgânicas que começaram nos EUA com Frank Viola”. Estes movimentos apresentam a igreja enquanto instituição, como um sistema falido, e propõe reuniões informais nas casas, citando como exemplo a igreja primitiva.  Edin conclui a sua argumentação fazendo o seguinte desafio: “Ore antes de comer, de dormir, ao acordar… Tenha bons costumes”. Para ele fazendo estes exercícios diários você estará cumprindo o seu papel na qualidade de discípulo de Cristo. 
Muito embora eu discorde da postura acima descrita, a minha consciência pede para que eu concorde com uma afirmativa descrita acima, como sendo verdadeira, ou seja, a igreja vem progressivamente se distanciando do pendão levantado pelos reformadores. O espaço não me permite, mas em poucas palavras, afirmo que existe um distanciamento real das Escrituras. Contudo, quero destacar aqui, ainda que de modo breve, o real valor da igreja de Cristo. 
Contextualizando a passagem, o apóstolo Paulo enfatiza o real valor do matrimônio, e como ilustração ele descreve o amor de Cristo pela igreja. Espero que não esteja usando aqui um texto para pretexto, mas pretendo destacar apenas a ilustração comparativa, onde o apostolo enfatiza o real valor da igreja.  O matrimônio é considerado como símbolo da relação entre Deus e seu povo, esta ideia atravessa toda a Bíblia, aliás, o termo aliança já trás consigo este sentido. 
I – A entrega “si mesmo se entregou por ela” v, 25, 26. No evangelho de João este ensinamento é muito claro: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Jo 10:11.   O apostolo Paulo destaca que esta entrega teve algumas motivações, isto é, “Para a santificar”  (separar para o serviço a Deus), e “Para purificar” (Livrar da culpa do pecado e da corrupção). Os dois termos estão ligados, pois a santificação vem por meio da purificação. Quanto ao meio através do qual isto se dá ele declara: “Pela palavra”, (Jo 17.17) esta é a Palavra que descreve as promessas de Deus apara o seu povo.  
II - A motivação “Para a apresentar a si mesmo” v 27. O que teria motivado Cristo a se entregar? Na cultura que Paulo tem em mente, após os noivos firmarem o compromisso, dava-se início a um período festivo que podia ir de sete a catorze dias, onde a noiva se produzia para apresentar-se ao seu amado.  Portanto, após ter passado por todo um processo, a igreja se apresentará ao seu Senhor como uma “Igreja gloriosa”. Para tanto, ela precisará estar “Sem mácula”. A ideia aqui é: sem contaminação, que refere-se aos aspectos morais e espirituais, reforçado pelo termo: “Nem ruga” (contrair), que expressa o sentido de pecado.  
     III- O propósito “Porém ”v, 27. Para que este esforço empregado em prol da igreja? São dois os motivos. Para apresentar ao Senhor uma igreja: 1) “Santa” (separado do uso comum para Deus), 2) “Irrepreensível” (Sem culpa cf. Nm 6.14). Fica claro no texto que Cristo está trabalhando na vida da sua igreja, que embora no presente momento ela pareça bem distante do ideal, na verdade, está passando pelo processo de purificação por meio da Palavra, a fim de apresentar-se ao Cordeiro de modo impoluta para louvor e honra daquEle que reina hoje e sempre. 
O que dizer das acusações que são feitas à igreja evangélica dos nossos dias? Eu ousaria dizer que até têm pessoas não convertidas em seu meio, sejam lideres ou liderados, contudo, embora o mau testemunho e o distanciamento das Escrituras seja uma realidade, eu não posso simplesmente generalizar como se a podridão estivesse presente na vida de todos aqueles que fazem parte de uma denominação constituída. Portanto, sou da opinião de que todo extremo nos leva a percorrer caminhos perigosos, lembrando ainda que em outro lugar Paulo orienta seu leitores a examinarem tudo, mas que retivessem apenas o bem.  Entendo que o Senhor da igreja está no controle, e que no tempo determinado pelo Pai ele virá para separar Joio e trigo. 

Pastor Givaldo Santana 

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