1 Tm 1.1 Vivemos em dias em que as pessoas não alimentam muitas
esperanças, aliás, há quem defenda que o sistema está falido. Existe descrédito
em relação aos nossos governantes, a justiça e também em relação à igreja de
modo geral. Como sonhar com dias melhores diante de tal situação? A esperança é
o sentimento que nos leva a sonhar com dias melhores, é o cobustustível que mantém
acesa a nossa expectativa.
A introdução
da epístola está relacionada com o costume de Paulo que procurava deixar claro
a autenticidade do seu apostolado e neste propósito, ele acaba proporcionando aqui
um elemento fundamental para o ser humano que é a esperança. Sendo assim, ele
evocará três títulos intrínsecos nos quais estão fundamentados esta esperança.
(1) Senhor: Dentre
as muitas ideias que poderíamos extrair, é possível apontar aqui dois pontos
fundamentais; a) Ele detém o controle da nossa vida. Partirei do pressuposto de
que está claro para os amados leitores de que Cristo é a segunda pessoa da
trindade e, portanto Deus em essência e poder. Desta maneira ele detém o
controle da nossa vida. Um aspecto de relevância é que o fato de o reconhecermos
como o Senhor da nossa vida não nos diminui conforme acusam os céticos, pelo
contrário, isso nos faz descansar o coração na certeza de que o criador e
Senhor de todas as coisas preocupa-se conosco e com os anseios do nosso coração.
b) Ele nos compensa pelo esforço empregado. Não se trata aqui de barganha, e
muito menos de passar a ideia de que o homem pode comprar a sua salvação, mesmo
porque, está claro nos textos paulinos que ninguém é capaz de compensar o valor
do sangue vertido na cruz do calvário. Porém, a Bíblia aponta vários textos
prometendo bênçãos sobre aqueles que não medem esforços para trabalhar no
reino; a isto o texto sagrado denomina de galardão, ou recompensa pelo esforço
empregado.
(2) Jesus:
este nome é uma transliteração do nome Josué, que significa “ele certamente salvará”. Nele
encontramos a esperança de que, por meio dele encontramos a salvação pra nossa
alma cansada. Quanto a isto, o próprio Jesus desafia: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e
eu vos aliviarei.” Mt 11.28. Não
me refiro meramente ao estresse do dia-a-dia, mas daquela situação em que as
dificuldades do cotidiano te empurram para uma angustia tal, que você é levado
(a) a pensar que Deus te abandonou e, que por esta razão, não existe solução
para a sua vida. Um ponto a ser destacado aqui é que, ao contrário daquilo que
a igreja pragmática dos nossos dias tem ensinado de que as bênçãos são
momentâneas e restritas a esta vida, as Escrituras nos apresentam algo para o
presente e porvir: “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá
sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte
para a vida eterna.” Jo 4.14. Portanto,
este nome assegura aos que crêem, provisões para o presente e vida eterna para
o futuro.
(3) Cristo: (Ungido), este termo descreve que
Cristo foi ordenado e qualificado pelo Pai para levar a bom termo a tarefa de
salvar o pecador. Ele é o redentor, sendo conduzidos por ele não existe possibilidade
de perecermos. É em cristo que concentra a esperança da vida eterna por ser ele
o único mediador. Champlin afirma que por meio de Cristo esta esperança tem uma
conotação subjetiva e objetiva. Subjetiva por estar relacionada com a
expectação de bênçãos espirituais e objetiva, pela própria realidade esperada.
De acordo com Ellicott, Cristo é a própria subsistência e o alicerce da
esperança. Portanto, Cristo é a nossa esperança por pelo menos duas razões: Primeiro,
por causa do seu ofício, por ser o único mediador e segundo, por causa do seu
ofício expiatório.
O Senhor quer
ministrar esperança em teu coração. Abandone o orgulho, o medo, as incertezas e
deposite nele toda a sua angústia e ansiedade, na certeza de que ele pode
preencher o teu vazio e mudar a tua sorte. Os homens podem te decepcionar,
porém, Deus não! Ele faz concretizar as suas ricas e benditas promessas.
Pastor Givaldo Santana
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