quinta-feira, 2 de maio de 2013

A ingratidão e seu preço




            Ez 16. 1-14 Você é uma pessoa que sabe reconhecer quando é beneficiada, ou é daquelas que conseguem enxergar apenas o que não recebeu? A ingratidão se revela na vida daquelas pessoas que estão sempre a reclamar e, jamais param para dizer obrigado por algo recebido. Pessoas assim sempre terão necessidades insaciáveis por não serem capazes de vislumbrar aquilo que já foi conquistado.
    O povo para quem o profeta Ezequiel escreve revela um comportamento exatamente assim, por não reconhecerem os favores vindo de Deus, evidenciaram a ingratidão, esquecendo-se dEle e buscando nos ídolos dos pagãos a resposta para os anseios do coração conforme veremos.
     I- A situação natural do pecador - “Eu te banhei” v, 4. A condição natural daquele povo era de mancha e impureza.  Aliás, para exemplificar esta situação o profeta lhe dará a atribuição de abandonado – Ninguém te recebeu v, 5; e mais: Rejeitado – “lançado no campo v, 5”. É como se este povo possuísse alguma marca que levava aqueles à sua volta a afastar-se naturalmente. Por ter um aspecto de quem não tinha nada a oferecer sob nenhum aspecto, não atraía, por sua vez, a atenção de ninguém, muito pelo contrário, era um povo visto como desprezível.
       II – A misericórdia de Deus – ainda que estás no teu sangue vive”.v, 6. Imagine alguém com aspectos de sujeira e ameaçador, você seria capaz de aproximar-se e oferecer ajuda? Pois bem, esta era a situação deste povo e, no entanto, Deus graciosamente estendeu a sua mão e lhe proferiu uma palavra de amor, conforme descrito no texto acima citado. Portanto, Ele viu o miserável e lhe deu uma palavra de amor v, 6.  Um aspecto que desperta a nossa atenção é que as Escrituras sempre nos mostram Deus tomando uma direção que contraria a tendência natural do homem, enquanto este afirma ter “sede de justiça”, Deus faz transbordar a sua misericórdia. 
     III- A ingratidão – “Tomastes dos teus vestidos e fizestes lugares altos adornados” v, 16. A ingratidão dos exilados consistia no fato de pegar tudo aquilo que foi graciosamente dado por Deus e dedicar aos ídolos, evidenciando por um lado, a vaidade e, por outro, a idolatria. Como vemos a seguir: “Tomaste as tuas jóias de enfeite, que eu te dei do meu ouro a da minha prata..” v, 17. Ezequiel denuncia que ao invés do povo usufruir de tudo aquilo que Deus lhes deu, simplesmente colocava as melhores roupas e se adornavam com jóias para atribuir aos ídolos a glória pertencente a Deus. A ingratidão fica evidente em não reconhecer os cuidados do Senhor.
      IV – A advertência – “...Ai, ai de ti” v, 23. Como resultado da ingratidão, a resposta do Senhor virá em forma de advertência. O profeta adverte que aquele ato insano terá um preço, conforme podemos observar: Eu farei recair sobre a tua cabeça” v, 43. Se por um lado podemos enfatizar a misericórdia de Deus, por outro, não podemos omitir a manifestação da sua ira contra aqueles que insistem em desprezá-lo como se nada fosse, pois foi assim que procederam os exilados ao tributar aos ídolos a honra devida ao Senhor. O que agora os deuses babilônios poderiam fazer por eles? A resposta é se compensaria continuar profanando o nome do Senhor.  
     Enquanto teve fôlego, o profeta Ezequiel advertiu os seus conterrâneos no exílio babilônico, ora falando do juízo divino, ora lançando palavras de renovação e esperança. Mas o mais marcante foi Ezequiel ter dito que a condição desfavorável em que seus ouvintes se encontravam era decorrente da ingratidão revelada no paganismo expresso por meio da condição idólatra revelada na vida daquele povo.
     Você é reconhecedor de que é Deus o doador da vida e que é ele que na sua graça tem te sustentado e suprido as tuas necessidades dia após dia? Pense nisso.
 Pastor Givaldo Santana 

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