Ez 16. 1-14 Você é uma pessoa que sabe reconhecer
quando é beneficiada, ou é daquelas que conseguem enxergar apenas o que não
recebeu? A ingratidão se revela na vida daquelas pessoas que estão sempre a
reclamar e, jamais param para dizer obrigado por algo recebido. Pessoas assim
sempre terão necessidades insaciáveis por não serem capazes de vislumbrar
aquilo que já foi conquistado.
O povo para quem o profeta Ezequiel
escreve revela um comportamento exatamente assim, por não reconhecerem os
favores vindo de Deus, evidenciaram a ingratidão, esquecendo-se dEle e buscando
nos ídolos dos pagãos a resposta para os anseios do coração conforme veremos.
I- A situação natural
do pecador - “Eu te banhei” v, 4. A condição natural
daquele povo era de mancha e impureza. Aliás, para exemplificar esta situação o
profeta lhe dará a atribuição de abandonado – “Ninguém te recebeu” v, 5; e mais: Rejeitado – “lançado no campo v, 5”. É como se este
povo possuísse alguma marca que levava aqueles à sua volta a afastar-se
naturalmente. Por ter um aspecto de
quem não tinha nada a oferecer sob nenhum aspecto, não atraía, por sua vez, a
atenção de ninguém, muito pelo contrário, era um povo visto como desprezível.
II – A misericórdia
de Deus – “ainda que estás no teu sangue vive”.v,
6. Imagine alguém com aspectos de sujeira e ameaçador, você seria capaz de
aproximar-se e oferecer ajuda? Pois bem, esta era a situação deste povo e, no
entanto, Deus graciosamente estendeu a sua mão e lhe proferiu uma palavra de
amor, conforme descrito no texto acima citado. Portanto, Ele viu o miserável e
lhe deu uma palavra de amor v, 6. Um
aspecto que desperta a nossa atenção é que as Escrituras sempre nos mostram
Deus tomando uma direção que contraria a tendência natural do homem, enquanto
este afirma ter “sede de justiça”, Deus faz transbordar a sua
misericórdia.
III- A ingratidão – “Tomastes dos teus vestidos e fizestes lugares altos
adornados” v, 16.
A ingratidão dos exilados consistia no fato de pegar tudo aquilo que foi
graciosamente dado por Deus e dedicar aos ídolos, evidenciando por um lado, a
vaidade e, por outro, a idolatria. Como vemos a seguir: “Tomaste as tuas jóias de enfeite, que eu te dei do meu ouro a da minha
prata..” v, 17. Ezequiel denuncia que ao invés do povo usufruir de tudo
aquilo que Deus lhes deu, simplesmente colocava as melhores roupas e se
adornavam com jóias para atribuir aos ídolos a glória pertencente a Deus. A
ingratidão fica evidente em não reconhecer os cuidados do Senhor.
IV – A advertência – “...Ai, ai de ti” v, 23. Como resultado da
ingratidão, a resposta do Senhor virá em forma de advertência. O profeta
adverte que aquele ato insano terá um preço, conforme podemos observar: “Eu
farei recair sobre a tua cabeça” v, 43. Se por um lado podemos enfatizar a
misericórdia de Deus, por outro, não podemos omitir a manifestação da sua ira
contra aqueles que insistem em desprezá-lo como se nada fosse, pois foi assim
que procederam os exilados ao tributar aos ídolos a honra devida ao Senhor. O
que agora os deuses babilônios poderiam fazer por eles? A resposta é se compensaria
continuar profanando o nome do Senhor.
Enquanto teve fôlego, o profeta
Ezequiel advertiu os seus conterrâneos no exílio babilônico, ora falando do
juízo divino, ora lançando palavras de renovação e esperança. Mas o mais
marcante foi Ezequiel ter dito que a condição desfavorável em que seus ouvintes
se encontravam era decorrente da ingratidão revelada no paganismo expresso por
meio da condição idólatra revelada na vida daquele povo.
Você é reconhecedor de que é Deus o
doador da vida e que é ele que na sua graça tem te sustentado e suprido as tuas
necessidades dia após dia? Pense nisso.
Pastor Givaldo
Santana
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