I Tm 1.4 Conta-se que houve um período em que a igreja
gastava considerável tempo para discutir sobre quantos anjos cabiam na cabeça
de um alfinete. Encontramos vários
momentos no texto sagrado que denunciam o povo de Deus perdendo o foco de
maneira a dedicar as atenções para o supérfluo ao invés de empregar esforços no
seu real papel que é glorificar a Deus.
Ao mentorear um jovem pastor, o apóstolo
Paulo fará algumas recomendações sobre a maneira como ele deveria conduzir o
rebanho aos seus cuidados. Visto que muitas divagações ameaçavam a trajetória
da igreja, era preciso manter o foco a fim de evitar esforços inúteis.
A recomendação dada para Timóteo refere-se à
igreja de Éfeso, que, segundo Paulo, havia em seu meio algumas pessoas disseminando
ensinos estranhos à autêntica doutrina. No argumento dele, estes ensinos são
fábulas.
Os termos fábulas e genealogias estão diretamente ligados às tradições
judaicas, sendo que criavam histórias paralelas aos textos sagrados e eram
contadas como verdades a serem recebidas e aplicadas, entretanto, serão duramente
combatidas por Paulo sob a alegação de serem doutrinas de homens e que em nada contribuíam
para o desenvolvimento da igreja.
Ainda de acordo com Paulo, a circulação
destes ensinos desencadeavam acirradas disputas no meio da igreja,
comprometendo o seu real serviço a Deus como ato de fé. Quando a igreja perde
de vista o que a une e move, qualquer coisa torna-se suficiente para tomar o
seu tempo e dedicação.
O que tem tomado o nosso tempo hoje na igreja? Quanto
à doutrina é bom lembrar que o que nos une é a cruz de Cristo. Portanto, é em
torno do cristocentrismo que deve girar a igreja.