quinta-feira, 15 de março de 2012

O perigo da palavra mentirosa


Mt 5. 33-37


Uma criança promete brincar com a outra, porém, não cumpre a promessa. Em outra ocasião a criança enganada diz: Eu não acredito mais em você!  Então aquela que já prometera, cruza os dedos nas costas e diz: Eu juro que desta vez irei. O fato de cruzar os dedos lhe dá a sensação de que não precisa falar a verdade, da mesma maneira os fariseus entendiam que se o juramento fosse feito em nome do templo e não de Deus, não precisavam honrar o compromisso feito. 


Ao atentarmos para as os discursos do Senhor Jesus chegaremos à conclusão de que a sua maior ênfase foi justamente o compromisso com a verdade. É o que vemos, por exemplo, neste texto: “Não jurarás falso” v, 33. O problema aqui não consiste em fazer o juramento, mas sim, sobre a motivação que leva alguém a entrar no juramento, que muitas vezes é a falta de sinceridade.  É preciso tomar cuidado com as palavras mentirosas, visto que, muitos querem falar mentira com estrutura de verdade. Jesus alerta em relação à fraude, ou a falsidade das palavras. 


Um pouco antes do texto em questão Jesus observa: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mt 5.20.  Esta ressalva tem como referência as palavras de Moisés: “Quando fizeres algum voto ao SENHOR teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado” Dt 23.21. Os fariseus entendiam que não podiam jurar por Deus, mas podiam jurar pelo templo. Acontece que o juramento é como uma ação solene, onde eu invoco algo superior a mim como afirmação de que aplicarei esforços para cumprir o que prometo, daí porque enfatizar que o cidadão do reino precisa ter compromisso com a verdade. 


Quando Jesus diz no verso 34: “Eu, porém, vos digo”, derruba a idéia de que ao depender do tipo de fórmula você não estará obrigado a dizer a verdade. Ele continua o seu argumento e apresenta quatro grandes verdades, isto é, o céu é o trono de Deus, a terra é o estrado dos seus pés, Jerusalém é a cidade do grande Rei e, por fim, não podes tornar o teu cabelo branco ou preto. Com este argumento avassalador, só resta ao cidadão do reino uma coisa: “Seja, porém, a tua Palavra” v,37. Mais uma vez eu afirmo; o problema central aqui não é o voto, mas sim a falta de verdade.  Quando uma pessoa jura a toda hora que fala é porque ela tem dificuldades com aquilo que diz, daí ela se interpõe fazendo juramentos. O resultado é que para estas pessoas o sim é não e o não é sim, basta cruzar os dedos e ela se exime de qualquer responsabilidade. Entretanto, Jesus afirma que a palavra que não é verdadeira é de procedência maligna. Portanto, o cidadão do reino deve evitar com todas as suas forças tal atitude, uma vez que as Escrituras reprovam tais atitudes: “Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa,” Pv 6.17a.


Como cidadão do reino, você tem sido verdadeiro perante Deus e com as pessoas com quem se relaciona diariamente? Lembre-se, não é necessário viver debaixo de juramentos, apenas ser verdadeiro. 
Pastor Givaldo Santana 

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