quarta-feira, 31 de julho de 2013

O que importa?


At 5.17-30 Normalmente as tramas de investigação envolvem bastante pressão por parte dos investigadores para obter a informação desejada. Alguns cedem diante do primeiro aperto, enquanto outros resistem o máximo que podem porque sabem que as informações desejadas podem colocar em risco uma operação e até os interesses de uma nação. O texto acima relata um momento crucial para o cristianismo, pois os apóstolos são pressionados a desistirem da ideia de serem embaixadores à custa da própria vida.  Qual a sua reação diante das pressões? O propósito aqui é enfatizar a postura dos apóstolos como sendo um modelo para a igreja de Cristo.  
I – A oposição v, 17 “levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos que estavam com ele”.  A presença e pregação dos apóstolos incomodavam, sobretudo porque ameaçava o sistema político e religioso ali constituído. Em relação ao aspecto político o que Roma menos queria era o estouro de uma revolução e, como não entendiam muito bem o propósito dos apóstolos, era muito melhor que aquele “movimento” fosse desmobilizado antes de ganhar proporções gigantescas.  
Já em relação ao aspecto religioso, o texto diz “... a seita dos saduceus, tomaram de inveja” v, 17. A bíblia cita duas alas religiosas existentes nos dias de Jesus, a saber, os fariseus e saduceus. Acontece que os saduceus não acreditavam na vida após a morte e, portanto, negavam a idéia de ressurreição, por isso, fizeram tanta oposição aos apóstolos que anunciavam o Cristo ressurreto, além do mais, ao contrário dos fariseus, eram pessoas abastadas e por esta razão tinham influência o suficiente para tirar seus opositores da jogada. Portanto, como àquela altura os apóstolos já tinham caído na graça do povo, o mais urgente a fazer seria tirá-los de cena, daí a parceria religiosa e política no intuito de calá-los: “Prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública”v, 18. Contudo, Deus tinha um propósito maior a realizar por meio daqueles homens, conforme veremos a seguir.   
II- A ordem v, 19,20 “Ide e apresentai-vos no templo”. Qual o motivo desta ordem? Pela manhã por volta das nove da manhã, uma grade multidão se reuniria no templo para oferecer sacrifícios e, portanto, um momento propício para que o evangelho fosse anunciado. Aprouve a Deus ter libertado miraculosamente os seus servos, agora os impele a colocar-se em uma hora e local estratégico para denunciar os pecados e fazer um apelo ao arrependimento. 
Grande susto tomaria  os  soldados  ao  irem  até  a  salinha insalubre para  buscar os prisioneiros para as autoridades interrogá-los. “... a ninguém encontramos dentro” v 23. A idéia aqui é a de um grande silêncio. Eles ficaram atônitos sem entenderem o que exatamente teria acontecido, aliás, a mesma reação tomará também as autoridades: “Então o sumo sacerdote, o capitão do templo e os chefes dos sacerdotes, ouvindo estas palavras, estavam perplexos acerca deles e do que viria a ser aquilo.” V, 24. Ao chegarem ao templo, lá estavam os apóstolo cumprindo o que lhes foi determinado. Contudo, os soldados não queriam correr o risco de serem apedrejados pelo povo e nem as autoridades, daí a razão pela qual os pregadores não foram tratados com hostilidade, conforme registra o verso 26: “Então foi o capitão com os servidores, e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo).” Na seqüência veremos o desfecho daquela situação.
III- A decisão v, 29 “Importa obedecer a Deus do que aos homens”. Esta foi a resposta que aquelas autoridades obtiveram ao inquirirem os apóstolos sobre a desobediência de continuarem anunciando o Cristo ressurreto. A vida deles certamente estava por um fio, mas o comprometimento deles na condição de embaixadores era muito maior. 
É fato que temos na própria Palavra de Deus a determinação expressa para obedecermos às autoridades constituídas, porém, eles estavam ali obedecendo aquele que é muito maior. O fato é que eles estavam tão envolvidos com aquela causa que não pouparam palavras ao acusarem as autoridades ali presentes de serem coniventes com a morte de Cristo. Aliás, aquela acusação deixou políticos e religiosos tão furiosos que decidiram imediatamente pela morte dos pregadores, que só foram poupados devido à intervenção de um fariseu cujo nome era Gamaliel.
Os apóstolos estavam convictos quanto à posição que deveriam tomar diante da pressão e até mesmo à custa da própria vida. Decidir por obedecer a Deus sempre deixará os transgressores furiosos e, portanto, sempre virão com toda força para cima daqueles que apontarem seus erros à luz das Escrituras. 
Quanto à realidade dos nossos dias, a sociedade quer nos moldar com suas práticas e valores, é um sistema perverso sem parâmetros espirituais, com uma idéia de sexualidade distorcida e intelectualmente comprometida, quanto a este último item basta atentarmos para as músicas mais tocadas no rádio e televisão.  Portanto, somos conclamados a tomarmos a mesma postura dos apóstolos e com ousadia declararmos que nos recusamos a ceder às imposições diabólicas, pois somos súditos e embaixadores do Rei. Decida se você quer ser aplaudido por todos os homens ou rejeitado por Deus. O que importa? É obedecer a Deus.  
Pastor Givaldo Santana

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