Encontro de Jovens Presidente Prudente

Dias 7 e 8 de Setembro em Presidente Prudente

Encontro de Jovens em Palmares Paulista

Realizado nos dias 7, 8 e 9 o encontro reuniu várias pessoas do Presbitério Oeste Paulista

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Programação Especial em Palmares Paulista

Trabalho organizado pelos juvenis da IPC de Palmares, confira mais informações!

Salmo 19.1

"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos."

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Qual é o real valor da igreja?


Ef 5.25-27

Introdução 

Recentemente recebi um email com o título: IBGE: quase 1 milhão de evangélicos saem dos ‘templos’ por ano (Por Ákel Edin).  Segundo Edin todo o esforço da reforma caiu por terra. A podridão que tanto os reformadores condenaram ao propor a reforma protestante, está presente na igreja hoje. E, por isso, ele sugere a adesão de movimentos que estão presentes em diferentes países como: “‘Caminho da graça’ de Caio Fábio, e o ‘Show tem que parar’ do irmão Paulo, e as igrejas orgânicas que começaram nos EUA com Frank Viola”. Estes movimentos apresentam a igreja enquanto instituição, como um sistema falido, e propõe reuniões informais nas casas, citando como exemplo a igreja primitiva.  Edin conclui a sua argumentação fazendo o seguinte desafio: “Ore antes de comer, de dormir, ao acordar… Tenha bons costumes”. Para ele fazendo estes exercícios diários você estará cumprindo o seu papel na qualidade de discípulo de Cristo. 
Muito embora eu discorde da postura acima descrita, a minha consciência pede para que eu concorde com uma afirmativa descrita acima, como sendo verdadeira, ou seja, a igreja vem progressivamente se distanciando do pendão levantado pelos reformadores. O espaço não me permite, mas em poucas palavras, afirmo que existe um distanciamento real das Escrituras. Contudo, quero destacar aqui, ainda que de modo breve, o real valor da igreja de Cristo. 
Contextualizando a passagem, o apóstolo Paulo enfatiza o real valor do matrimônio, e como ilustração ele descreve o amor de Cristo pela igreja. Espero que não esteja usando aqui um texto para pretexto, mas pretendo destacar apenas a ilustração comparativa, onde o apostolo enfatiza o real valor da igreja.  O matrimônio é considerado como símbolo da relação entre Deus e seu povo, esta ideia atravessa toda a Bíblia, aliás, o termo aliança já trás consigo este sentido. 
I – A entrega “si mesmo se entregou por ela” v, 25, 26. No evangelho de João este ensinamento é muito claro: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Jo 10:11.   O apostolo Paulo destaca que esta entrega teve algumas motivações, isto é, “Para a santificar”  (separar para o serviço a Deus), e “Para purificar” (Livrar da culpa do pecado e da corrupção). Os dois termos estão ligados, pois a santificação vem por meio da purificação. Quanto ao meio através do qual isto se dá ele declara: “Pela palavra”, (Jo 17.17) esta é a Palavra que descreve as promessas de Deus apara o seu povo.  
II - A motivação “Para a apresentar a si mesmo” v 27. O que teria motivado Cristo a se entregar? Na cultura que Paulo tem em mente, após os noivos firmarem o compromisso, dava-se início a um período festivo que podia ir de sete a catorze dias, onde a noiva se produzia para apresentar-se ao seu amado.  Portanto, após ter passado por todo um processo, a igreja se apresentará ao seu Senhor como uma “Igreja gloriosa”. Para tanto, ela precisará estar “Sem mácula”. A ideia aqui é: sem contaminação, que refere-se aos aspectos morais e espirituais, reforçado pelo termo: “Nem ruga” (contrair), que expressa o sentido de pecado.  
     III- O propósito “Porém ”v, 27. Para que este esforço empregado em prol da igreja? São dois os motivos. Para apresentar ao Senhor uma igreja: 1) “Santa” (separado do uso comum para Deus), 2) “Irrepreensível” (Sem culpa cf. Nm 6.14). Fica claro no texto que Cristo está trabalhando na vida da sua igreja, que embora no presente momento ela pareça bem distante do ideal, na verdade, está passando pelo processo de purificação por meio da Palavra, a fim de apresentar-se ao Cordeiro de modo impoluta para louvor e honra daquEle que reina hoje e sempre. 
O que dizer das acusações que são feitas à igreja evangélica dos nossos dias? Eu ousaria dizer que até têm pessoas não convertidas em seu meio, sejam lideres ou liderados, contudo, embora o mau testemunho e o distanciamento das Escrituras seja uma realidade, eu não posso simplesmente generalizar como se a podridão estivesse presente na vida de todos aqueles que fazem parte de uma denominação constituída. Portanto, sou da opinião de que todo extremo nos leva a percorrer caminhos perigosos, lembrando ainda que em outro lugar Paulo orienta seu leitores a examinarem tudo, mas que retivessem apenas o bem.  Entendo que o Senhor da igreja está no controle, e que no tempo determinado pelo Pai ele virá para separar Joio e trigo. 

Pastor Givaldo Santana 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que importa?


É manter a alegria da salvação

I Pd 1.3-13 Este certamente não é o mesmo Pedro impulsivo e cheio de fraquezas descrito nos evangelhos. Depois de tantas provas e já nos seus últimos dias de vida, um homem maduro compartilhará da sua experiência com os demais irmãos que sofriam grande pressão por causa da fé. 
Pedro escreve esta epístola por volta de 64 d.C. A esta altura Roma tem grande parte da cidade queimada e os moradores colocam a culpa no imperador Nero, que por causa dos seus projetos ambiciosos teria provocado tal catástrofe, porém, como Nero sabia que os romanos não viam os cristãos com bons olhos, ao ser acusado, disse que na verdade os cristãos teriam sido responsáveis pela queimada, como resultado, foi levantada uma furiosa perseguição contra os cristãos. 

Ao escrever aos irmãos, o apóstolo Pedro teve como finalidade desafiar àqueles que estavam dispersos na Ásia menor para que permanecessem firmes nestes tempos difíceis. Eles tinham nascido de novo por meio da ressurreição de Cristo e, por isso, deviam manter no coração a viva esperança. Pedro afirma que a confirmação da fé que tinham por meio do teste é mais preciosa do que o precioso ouro refinado. Sendo assim, deveriam, por esta razão, preparar as suas mentes para buscar a Cristo em santidade, movidos pela esperança cristã que repousa no fato de ter Deus ressuscitado o seu Filho Jesus Cristo dentre os mortos. 

A epístola tinha como objetivo duas questões básicas: A) Fortalecer os irmãos e B) Alimentar o rebanho de Deus. Pedro inicia a sua argumentação destacando alguns fatos gloriosos da salvação. No primeiro momento diz que fomos escolhidos pelo Pai; segundo que fomos feitos santos pelo Espírito e terceiro que somos purificados pelo sangue do Filho. Daí ele argumenta que a nossa salvação está garantida por três fatores: A) A prova (v,3) – “Ela é garantida pela ressurreição de Cristo”, B) A permanência (v,4) – “Ela é mantida nos céus para nós”, C) O poder (v,5) – “o imenso poder de Deus assegura-nos que chegaremos seguros no céu. Por todos estes fatores é que Pedro argumenta que a  alegria da salvação não deve limitar-se às circunstâncias.

Ligados a todos os aspectos mencionados vemos no texto três ênfases: 
I- A viva esperança v, 3 “Centralizada em cristo”. Dentro desta perspectiva o autor aos hebreus diz que o que se vê não é esperança. Talvez se aqueles irmãos olhassem para os episódios que os cercavam corriam o risco de concluírem que nada daquilo valia à pena, mas o apóstolo cuida de animá-los sob a alegação de que a obra operada em seus corações havia sido concretizada por Cristo e que esta salvação não estava limitada ao circunstancial, mas que era de caráter duradouro. 
II- A herança incorruptível e imarcescível v, 4. Temos aqui aquela ideia expressa por Cristo em Mateus 6 quando fala a respeito do tesouro nos céus, onde ladrões não minam, não roubam e nem a ferrugem ou a traça tem a capacidade de comprometer o seu real valor. Portanto, não eram as provações que fariam aquela herança murchar, pelo contrário, a pressão aplicada só serviria para confirmar o quanto eram fervorosos e estavam dispostos a padecerem pela causa do evangelho. 
III- O poder divino que preserva em meio às provas: VV 5-8. Aqui podemos destacar três pontos através dos quais os irmãos poderiam extrair deste poder: Por meio da fé v, 5; pelo regozijo nas provas v, 6; em amor e gozo indescritível, 8. A ideia é muito clara, Pedro argumenta que a força para vencer a prova não estava contida essencialmente no crente, mas em Deus que fornece o suporte(fé) necessário para que não fiquem prostrados pelas circunstâncias ameaçadoras.
É fato que a igreja não gosta de passar por provas, mas é verdadeiro também que os servos de Deus sabem que em grande ou pequena escala elas sempre vêm. Muito embora eu não seja muito favorável às frases prontas que são rotina no meio evangélico, abrirei uma exceção aqui para dizer que Deus não nos poupa das provas, mas nas provas. Precisamos ter em mente também que as provações nunca têm um fim em si mesmas, mas que levarão sempre a um propósito muito maior. Lembre-se que Deus não está indiferente à tua causa.  
Pastor Givaldo Santana 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O que importa?


At 5.17-30 Normalmente as tramas de investigação envolvem bastante pressão por parte dos investigadores para obter a informação desejada. Alguns cedem diante do primeiro aperto, enquanto outros resistem o máximo que podem porque sabem que as informações desejadas podem colocar em risco uma operação e até os interesses de uma nação. O texto acima relata um momento crucial para o cristianismo, pois os apóstolos são pressionados a desistirem da ideia de serem embaixadores à custa da própria vida.  Qual a sua reação diante das pressões? O propósito aqui é enfatizar a postura dos apóstolos como sendo um modelo para a igreja de Cristo. 

I – A oposição v, 17 “levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos que estavam com ele”.  A presença e pregação dos apóstolos incomodavam, sobretudo porque ameaçava o sistema político e religioso ali constituído. Em relação ao aspecto político o que Roma menos queria era o estouro de uma revolução e, como não entendiam muito bem o propósito dos apóstolos, era muito melhor que aquele “movimento” fosse desmobilizado antes de ganhar proporções gigantescas. 
Já em relação ao aspecto religioso, o texto diz “... a seita dos saduceus, tomaram de inveja” v, 17. A bíblia cita duas alas religiosas existentes nos dias de Jesus, a saber, os fariseus e saduceus. Acontece que os saduceus não acreditavam na vida após a morte e, portanto, negavam a idéia de ressurreição, por isso, fizeram tanta oposição aos apóstolos que anunciavam o Cristo ressurreto, além do mais, ao contrário dos fariseus, eram pessoas abastadas e por esta razão tinham influência o suficiente para tirar seus opositores da jogada. Portanto, como àquela altura os apóstolos já tinham caído na graça do povo, o mais urgente a fazer seria tirá-los de cena, daí a parceria religiosa e política no intuito de calá-los: “Prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública”v, 18. Contudo, Deus tinha um propósito maior a realizar por meio daqueles homens, conforme veremos a seguir.  

II- A ordem v, 19,20 “Ide e apresentai-vos no templo”. Qual o motivo desta ordem? Pela manhã por volta das nove da manhã, uma grade multidão se reuniria no templo para oferecer sacrifícios e, portanto, um momento propício para que o evangelho fosse anunciado. Aprouve a Deus ter libertado miraculosamente os seus servos, agora os impele a colocar-se em uma hora e local estratégico para denunciar os pecados e fazer um apelo ao arrependimento.
Grande susto tomaria  os  soldados  ao  irem  até  a  salinha insalubre para  buscar os prisioneiros para as autoridades interrogá-los. “... a ninguém encontramos dentro” v 23. A idéia aqui é a de um grande silêncio. Eles ficaram atônitos sem entenderem o que exatamente teria acontecido, aliás, a mesma reação tomará também as autoridades: “Então o sumo sacerdote, o capitão do templo e os chefes dos sacerdotes, ouvindo estas palavras, estavam perplexos acerca deles e do que viria a ser aquilo.” V, 24. Ao chegarem ao templo, lá estavam os apóstolo cumprindo o que lhes foi determinado. Contudo, os soldados não queriam correr o risco de serem apedrejados pelo povo e nem as autoridades, daí a razão pela qual os pregadores não foram tratados com hostilidade, conforme registra o verso 26: “Então foi o capitão com os servidores, e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo).” Na seqüência veremos o desfecho daquela situação.

III- A decisão v, 29 “Importa obedecer a Deus do que aos homens”. Esta foi a resposta que aquelas autoridades obtiveram ao inquirirem os apóstolos sobre a desobediência de continuarem anunciando o Cristo ressurreto. A vida deles certamente estava por um fio, mas o comprometimento deles na condição de embaixadores era muito maior.
É fato que temos na própria Palavra de Deus a determinação expressa para obedecermos às autoridades constituídas, porém, eles estavam ali obedecendo aquele que é muito maior. O fato é que eles estavam tão envolvidos com aquela causa que não pouparam palavras ao acusarem as autoridades ali presentes de serem coniventes com a morte de Cristo. Aliás, aquela acusação deixou políticos e religiosos tão furiosos que decidiram imediatamente pela morte dos pregadores, que só foram poupados devido à intervenção de um fariseu cujo nome era Gamaliel.
Os apóstolos estavam convictos quanto à posição que deveriam tomar diante da pressão e até mesmo à custa da própria vida. Decidir por obedecer a Deus sempre deixará os transgressores furiosos e, portanto, sempre virão com toda força para cima daqueles que apontarem seus erros à luz das Escrituras.
Quanto à realidade dos nossos dias, a sociedade quer nos moldar com suas práticas e valores, é um sistema perverso sem parâmetros espirituais, com uma idéia de sexualidade distorcida e intelectualmente comprometida, quanto a este último item basta atentarmos para as músicas mais tocadas no rádio e televisão.  Portanto, somos conclamados a tomarmos a mesma postura dos apóstolos e com ousadia declararmos que nos recusamos a ceder às imposições diabólicas, pois somos súditos e embaixadores do Rei. Decida se você quer ser aplaudido por todos os homens ou rejeitado por Deus. O que importa? É obedecer a Deus. 


Pastor Givaldo Santana

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que importa?


É que Cristo seja pregado

Fl 1.18 Nos primórdios da minha conversão fui fisgado muitas vezes pela armadilha de achar que fazer crítica a determinados movimentos no meio evangélico era pregar o evangelho. E funcionava da seguinte maneira: Na medida em que passava a falar do evangelho para determinada pessoa, a mesma, no intuito de desqualificar a minha pregação, fazia criticas a determinadas práticas no meio evangélico e me perguntava o que eu achava. Entendendo que estava defendendo a verdade, não fazia economia nas críticas a determinados movimentos, o que equivale a dizer que tinha mordido a isca. Até porque, o evangelizado sai com a consciência “tranqüila”, pois eu havia apresentado razões mais que suficientes para que não desse crédito à mensagem anunciada.
 A questão é que em muitas situações dedicamos muito tempo para fazer duras críticas ao que entendemos que não está em conformidade com o evangelho, sendo que na verdade deveríamos empregar mais esforços para anunciar a Palavra de Deus e, conscientizar o nosso ouvinte de que a sua condição diante de Deus é de pecador e, que por esta razão, existe uma necessidade urgente de arrependimento. O apóstolo Paulo já tinha denunciado esta problemática anteriormente, e agora ele desafia a igreja de Filipos a não perder tempo combatendo os equivocados, mas dedicando real atenção no anúncio do evangelho, pois de certa maneira, até mesmo aqueles que pregam por motivações erradas acabam de certa maneira difundindo o evangelho. 

1) Uns pregam por pretexto - Pretexto : “Motivo falsamente alegado”. V,18. Os pedagogos são unânimes ao afirmarem que a melhor maneira de ensinar a criança a falar corretamente é não repetindo as palavras erradas que ela pronuncia, pois desta maneira, estaria reforçando o erro.  Quanto à passagem em questão, a recomendação de Paulo para os irmãos da igreja de Filipos é: Não dediquem tempo combatendo àqueles que pregam por motivações erradas, mas sim, que apliquem esforços em levar os pecadores a colocarem o coração na Palavra. Aliás, o apóstolo até admitirá que estas dificuldades estarão sempre a atormentar a igreja. No verso quinze ele destacará as motivações de alguns: a)Inveja e b)Rivalidade. Esta idéia fica muito clara quando trazemos à memória os judaizantes descritos no livro de Gálatas, pois fingiam ter zelo pela verdade e por Deus, mas tinham em mente apenas os seus próprios interesses, configurando-se, portanto, como corruptos e egoístas.  O que eles queriam de fato? Apenas perturbar a paz da igreja.
Em um segundo momento Paulo destacará a questão de real relevância como segue. 

2) Outros por verdade -Por verdade – “Em prol da glória de Cristo e do avanço do seu evangelho, sem se importar com o benefício pessoal”. Ou seja, não usam o nome de Cristo para mascarar motivos pessoais de cobiça e vanglória. Aqui já podemos fazer o seguinte paralelo: “Verdade” (com sinceridade), “pretexto” (com insinceridade). Paulo chamará a atenção sobre o que importa para a igreja, isto é, que Cristo seja efetivamente anunciado com as motivações corretas, onde o propósito do povo de Deus consiste em ser um instrumento em suas mãos com seriedade de coração para ver vidas sendo transformadas. Esta foi a razão pela qual Paulo não lamentou o fato de estar em algemas, até porque, ele alega que na condição de prisioneiro, teve a oportunidade de pregar a Cristo para a guarda pretoriana v. 13. Pregar a Cristo por verdade, portanto, consiste em levar seu nome a ser glorificado por meio da transformação do pecador, é aquilo que os teólogos classificam como pregação cristocêntrica, ou seja, qualquer pregação que não tenha o Senhor Jesus como o centro, pode perfeitamente ser apontada como um pseudo-evangelho. 
Por ter a consciência de que a sua motivação é sincera, Paulo dirá: “Me regozijo” v, 19 cuja idéia é a expressão chave da epístola aos filipenses, é como se ele dissesse:  “Eu me regozijo, regozijai-vos também”. No que a igreja deveria se regozijar? Na certeza de que a sua motivação para pregar a Cristo era correta e, portanto, não havia motivo para tristeza, mas sim, para alegria, visto que a Palavra está sendo anunciada, e vidas sendo arrebatadas das garras de satanás. A Deus toda a glória! A Ele que é sempre servido em glorificar o seu unigênito na vida de sua igreja.


Pastor Givaldo Santana

O que importa?


É saber quem tem o coração na Palavra

1 Co 11.19 No contexto da passagem, o apóstolo Paulo está tratando da festa ÁGAPE ou festa do amor. Na verdade, ele está argumentando com a igreja o quanto ela havia se distanciado do propósito por ter perdido de vista o ideário inicial. E a maior prova de que a proposta inicial tinha se perdido, poderia se comprovar no momento em que ocorria o banquete da celebração, razão pela qual, o apóstolo introduzirá o assunto dizendo: “Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo” v,17a.  
Na argumentação de Paulo havia na igreja de Corinto dois grupos distintos conforme apresentaremos a seguir.

I- Quantos aos partidos - “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós”. O termo “partidos” que aparece no plural é traduzido em algumas versões como: “Facções”, “divisões”. Na sua origem a ideia é de: Preferir, escolhas; podendo ter a conotação também de heresia, que são por sua vez, doutrinas erradas ou idéias desaprovadas. Em outras palavras, o apóstolo afirma que havia dentro da igreja de Corinto algumas pessoas que estavam rompendo o laço da unidade cristã. Fazendo referência a este grupo João Calvino afira: “Porque é assim que não só os hipócritas são identificados, mas também, em contra partida, a sinceridade dos fiéis se comprovam”. Esta afirmação torna o termo “importa” mais claro para nós, pois o mesmo pode ser traduzido como “necessário”, isto é, não é que haja uma determinação divina para que existam pessoas que não estejam com o coração fora da Palavra na igreja, mas o surgimento das mesmas acaba trazendo algum tipo de benefício que é evidenciar a real identidade de cada um que compõe o rebanho. Quanto a esta questão Simon Kistemaker diz: “Paulo está dizendo, entre os crentes da igreja de Corinto, descrentes vão se infiltrar, e com o seu ensino de estilo e vida causar rupturas”.
Em seguida Paulo continua argumentando e passa a fazer referência àqueles que segundo ele estão com o coração na Palavra, conforme veremos.

II- Quantos aos aprovados - “para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio”. Já o termo “Aprovados” pode ser entendido como: Genuíno, testado. A ideia aqui descreve uma prática antiga que era utilizada a fim de averiguar a legitimidade da moeda. Isto equivale a dizer que aqueles que tinham o coração efetivamente na Palavra, ao serem observados, recebiam a aprovação dos demais por serem compreendidos como aqueles que não tinham desviado o coração do propósito inicial. Quanto a este segundo grupo Kistemaker dirá: “Estes crentes afastam-se de coisas ligadas ao mundanismo, eles amam e obedecem a Deus, apegam-se a Cristo em fé demonstrando sua lealdade a ele na igreja e na sociedade”. Estes aspectos não são fáceis de serem cultivados na sede das emoções e vontades, pois demanda uma verdadeira guerra espiritual, contudo, há um desafio constante para que o marasmo e a indiferença de nossa época não nos afete de maneira a contagiar negativamente a igreja de Cristo.
O pastor Paulo tenta levar a igreja de Corinto a uma reflexão para que compreendesse que, embora estivessem constantemente no mesmo lugar, na verdade, estavam longe do que a Palavra estabelece como ideal de unidade cristã. Não se tratava de um olhar para ou outro e dizer: “Você precisa mudar isso”, pelo contrário, Paulo desafia para que cada um olhe para dentro de si: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo” v, 28. Compete, portanto, a você ter a clara consciência de que é preciso ser contado entre os aprovados, porém, para que isto seja uma realidade, você deve estar ciente de que não perdeu de vista o papel da igreja que é nutrir a unidade no corpo de Cristo.


Pastor Givaldo Santana