Mt 22.1-14
Introdução:
Uma propaganda chama a nossa atenção por ser muito bem elaborada, ou sem nenhuma lógica, arrancando dos telespectadores elogios ou críticas. Durante algum tempo passou uma propaganda na televisão, onde um penetra chegava à festa e o segurança lhe perguntava: Você é convidado do noivo ou da noiva? E ele respondia: Do noivo! Então o segurança dizia: então cai fora porque aqui é um batizado.
O quadro que Jesus monta nesta parábola é comum, isto é, um casamento está para acontecer e, o dono da festa se propõe a chamar os seus convidados. Um detalhe a ser destacado é que o dono da festa não era simplesmente alguém que ocupava uma posição de destaque na sociedade, mas sim, o próprio rei! O texto diz que o rei tomou todos os cuidados necessários: “Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados:” v, 4. Na antiguidade, o convite era entregue antecipadamente em mãos e na véspera do evento, os convidados eram relembrados do compromisso. O texto em questão basicamente nos apresenta três fases que analisaremos mais detidamente.
A) O primeiro convite v, 3-7- “E enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas”v 3. Claramente a referência é a nação de Israel como podemos observar: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” Jo 1:11. Daí vem à rejeição pelo convite feito. O texto não nos deixa dúvida de que a recusa se deu pelo fato dos convidados julgarem o dono da festa como alguém inexpressivo. Vale lembrar que o Messias idealizado pelos judeus teria de ser alguém com projeção social e política, que viria para libertá-los do jugo romano, mas Cristo vai enfatizar que a liberdade que ele tinha a oferecer era de natureza diferente daquela intencionada: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8:32. A parábola começou a fazer sentido para você? Vamos ao próximo ponto.
B) O segundo convite 4-7- “Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados” Mt 22:4. Um aspecto de relevância é que o dono da festa insistiu para que seus convidados fossem prestigiar as bodas sob a alegação de que todas as providências já haviam sido tomadas e para que tudo saísse conforme o planejado bastava que comparecessem, mas o texto diz que: “Eles, porém, não fazendo caso,” v, 5. A ideia aqui é de que eles zombaram, em nossos dias eles diriam: “Eu tenho mais o que fazer!” E mais uma vez eles ignoraram o convite negando-se a participar do banquete. O filho de Deus encarnado insistiu para que o povo de Israel abandonasse seus pecados e se voltasse para Deus e a resposta foi não. E além de dizer não ao convite, ainda evidenciaram a dureza de coração conforme se nota: “E os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram” v, 6. Esta é uma clara referência à situação dos profetas: “Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.” Mt. 23:31. O ponto seguinte descreverá a reação do dono da festa diante das respostas obtidas.
C) – A ira v, 7. “E o rei, tendo notícia disto, encolerizou-se e, enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade”. É importante destacar que a paciência de Deus não é infinita: “Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.” Gn 6.3. Ao que indica a cidade aqui representa Jerusalém destruída em 70 d.C. Pelo imperador Tito e Israel deixou de existir como nação favorita de Deus. Josefo, historiador judeu, que viveu nesta época, atribui a destruição de Jerusalém ao “convite rejeitado”. Agora as portas do palácio são escancaradas e a ordem é para trazer a todos indistintamente, e o palácio ficar cheio v, 10. Não restam dúvidas de que a referência aqui é aos gentios que seriam alvos da operosa graça de Deus: “Para que o restante dos homens busque ao Senhor, E todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, Diz o Senhor, que faz todas estas coisas”. At 15:17. É importante frisar que o fato do rei ter aberto as portas não significava que os convidados poderiam continuar inapropriados para a ocasião: “Viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias” V, 11. Se por um lado Deus chama indistintamente, faz-se necessário que haja transformação de vida para permanecer em sua presença.
A oferta do evangelho é feita para todos, mas nem todos a valorizam. A proclamação do evangelho é como um convite para uma festa maravilhosa, mas, embora o coração do pecador sinta a necessidade, ele se mostra relutante e muitas vezes é até indiferente no tocante à oferta do evangelho, por isso a pergunta que não quer calar: Qual a resposta você tem dado a tão importante convite?
Pastor Givaldo Santana
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